Como viveríamos num mundo de perguntas ao invés de respostas?
Do eterno não saber conseguiríamos coexistir?
Sem as certezas, o conhecimento seria tão valioso?
Sou um homem forte, confiante, comprometido e livre. Vivendo o presente, compartilhando amor, sabedoria e alegria.
Apaixonado por colaboração, acredito que a abundância de recursos está diretamente associada a conexão das pessoas com propósito comum.
Como viveríamos num mundo de perguntas ao invés de respostas?
Do eterno não saber conseguiríamos coexistir?
Sem as certezas, o conhecimento seria tão valioso?
Quando acordados, em coletivo e em silêncio, nos olhamos, nos conectamos no olhar, sentimos o outro, perdemos a noção dos segundos, se estamos frente a frente com um objetivo, começamos a construir juntos, sem julgar, sem temer, simplesmente acionando outro dispositivo de tempo de criação. É maluco o que podemos fazer em coletivo em silêncio, é absurdo o quanto chronos ganhamos, o quanto tempo ganhamos e o quanto de discussões evitamos.
A pergunta de gestar mais encontros se conecta a esse Kairós, de respeitar o tempo das coisas o tempo não cronológico, de semear um convite de amor, de cuidar pra que esse amor flutue na leveza e se conecte na vulnerabilidade minha e do outro, que faça sentido e que faça sentir, que carregue não só a intenção do convite, mas a intenção do onde ir, e do onde chegar, para que na conversa, no encontro, nos encontremos em si mesmos e no outro, nos corações de cérebros ancestrais e que nesse encontrar e choques de energias e sentimentos consigamos produzir o melhor dos resultados, o amor.
Forço-me a pensar que quando confio em mim e no meu entorno, e coloco os movimentos e intenções necessárias a serviço do outro, alguma coisa emerge, de algum lugar.
A certeza de que ela sempre vai existir, me força a olhar par ao NÃO MEDO, para um caminho sólido de confiança, que me permita a curiosidade do que irei aprender e experimentar, sustentado pela diversão do cuidado comigo e dos demais.
De alguma forma essa energia contagia, chega a outros cantos, mesmo não conectados fisicamente e algo acontece, movimentos e situações se apresentam a favor dessa intenção, nossa percepção aumenta nessa direção. É como se nossos filtros de negação e duvida sumissem e um sentimento de que tudo conspirará a favor esta acontecendo.
Estar aberto ao novo é sim se movimentar ao desejável baseado em informações, mas aberto ao que possa surgir, aberto ao improviso e principalmente a troca com o outro de que o novo não precisa ser como eu pensei, mas sim como nós o experimentamos.
Não é a primeira mudança, já estou perdendo a conta, deve ser a 21ª ou mais, e nesse olhar de escolhas que me deixam triste (todas elas me deixam assim), lembro que ao escolher me mudar, renuncio a circular em uma cidade, renuncio a proximidade de pessoas queridas que conheci, renuncio a ida a restaurantes e lugares que gostei, renuncio a hábitos que adquiri ou se apresentaram pra mim, como por exemplo o caminho de casa, a padaria do bairro e tantos outros.
Essas possibilidades todas, me permitem mais escolhas, mais movimentos, e como falei no inicio, se a tristeza esta associada a escolha, quanto mais escolhas, mais tristezas se apresentam. É diretamente proporcional, me sinto triste seguidamente pela tarefa que não consegui cumprir (podia não tê-la assumido), pelo telefonema que não dei, pelo retorno que faltou, pelos minutos de atraso, e tantas outras tristezas que se apresentam na arte de escolher.
Hoje é dia 14, NÃO ESCREVI OITO DIAS. Nesses dias não colhi o resultado do bem que me fazem minhas escritas, mas colhi outros resultados, como a alegria da minha esposa no chá do Benjamin, como viagens em segurança, mudanças, conversas com pessoas que queria conversar, e outros tantos resultados de sorrisos e necessidades atendidas de quem muda de uma cidade pra outra.
Sinto falta de alguns hábitos de interior, de chimarrão na porta de casa, de visita a casa de parente. Não sei se sou só eu, o nós perdemos alguns destes hábitos. O retorno a Porto Alegre pode me trazer essas possibilidades de volta, mas vai depender do meu movimento de convidar, de me aproximar e de me acercar desses e por que não de novos círculos.
Mas nada, absolutamente nada substitui o encontro presencial, o abraço, o calor do sorriso, aquele tapa no ombro ou aperto de mão. O contato universal sempre supera qualquer língua, qualquer distância, necessitamos estar conectados desta forma.
A conexão comigo, começa no outro, para o outro. No meu caso, me conectar as outras pessoas me faz bem, e faz com que eu me conecte mais fortemente comigo, é uma via de mão dupla, algo que não começa antes ou depois e sim junto.
A palavra qualidade me fez perceber que sempre estamos conectados de alguma forma, a desconexão completa é uma ilusão, talvez so seja alcançada dormindo ou meditando, e inacreditavelmente talvez seja ai que estou mais conectado comigo mesmo.
Percebo que incansavelmente serei incoerente frente a algo ou alguma situação, que a busca da coerência plena é tão maluca quanto a busca pela perfeição. Que sim é possível me manter comunicado e conectado comigo, com o meu interior, é a mínima ou a existencial coerência que me permito, que ESCOLHO.
Lembro dos meus, e muitos deles foram professores, com o tempo passaram a ser escritores, e por ultimo aqueles que prestam seus serviços em prol do outro, e principalmente fazem o que falam e falam o que fazem.
As lideranças estão mudando, e já não as vejo mais como heróicas, e sim anfitriãs. Lideranças preparadas para ouvir e conectar o que emerge, ao invés de sobrepor controle no que já existe. Dessa forma a liderança perde PODER e ganha INSPIRAÇÃO.
Conversar com respeito, ouvir, olhar para o futuro e se perguntar do fundo do coração, o que eu posso fazer de melhor, qual o melhor de mim pode ser utilizado para gerar bem no coletivo do meu entorno?
As divisões em grupos não me fazem bem pelos afastamentos, ao mesmo tempo concordo com a sequência de que nos dividimos em grupos para sermos apoiados e amados.
Foi só o uso de uma palavra fora de contexto. Foi apenas uma interpretação diferente dos fatos, uma percepção simples vista com uma LEVEZA MAIOR. Nada mais que isso, sem convencimentos, apenas uma checagem de possibilidades.