Interessante observar o volume de interações e novas conexões durante esse 2020.
Em Novembro de 19 decidi reduzir minhas interações, talvez no limite de interagir só se possível.
É como se eu tivesse iniciado uma quarentena ainda em 2019, antes da pandemia. De certa forma me isolei, para alguém que interagia e criava bastante, foi um baque grande, sai de grupos ( a grande maioria deles), mesmo lançando um livro, meus contatos foram próximos aos que já conhecia.
Não foi pela pandemia, nem pelo frio, nem pela mudança de estado e cidade. Foi uma necessidade explicita de recolhimento, de olhar pra dentro, de curar algumas feridas, de perceber o que foi bom e o que pode melhorar. Foi também um tempo pra cuidar de mim e voltar a persistir em campos que eu já tinha praticamente desistido.
Minha formação e experiencia levam para a área de engenharia de custos, incrível como nos últimos 5 anos a maioria das pessoas novas que conheci desconhecem talvez essa minha grande habilidade. Da mesma forma que nesse período me afastei do colaborativo (temporariamente) e reduzi ao mínimo minhas interações, o fiz também no sentido oposto com a engenharia. Nos últimos 5 anos interagi muito pouco no mundo da construção e não foi pelo setor estar quase parado, foi por que precisava entender de que forma me relacionar com ele, tornar outras perspectivas possíveis e persistir no sonho de organizações orientadas a cultura de custo pela colaboração.
Ok, mas o que isso tem a ver com a pergunta?
Persistir nos horizontes que acredito me trazem novas conexões. Em 2015 quando aumentei minha interação no mundo da engenharia, conheci um grande mestre, Prof Aldo Mattos, para mim até hoje uma referência no Brasil com relação a engenharia de custos. Foi persistindo que o encontrei, fui até um congresso em que estava, nos conhecemos, depois assisti algumas palestras cursos e li alguns livros. Eis que 5 anos depois ele teve a oportunidade de me conhecer um pouco mais através do livro que publiquei em março.
Foi gratificante ler de alguém que admiro, que finalizou a leitura do meu livro, conferindo a ele um titulo sobre relações e ressignificação. Nos conhecemos mais um pouco, mesmo sem nos vermos presencialmente a mais de 2 anos. Essa conexão, essa proximidade é fruto de uma persistência em 2015 que se manteve no tempo.
Assim como essa, outras conexões surgiram na persistência de levar a percepção da colaboração a mais lugares. Mesmo recluso e interagindo pouco, algumas pessoas me conheceram em algumas palestras e lives, talvez eu ainda não tenha conhecido elas, e o tempo se encarregará de equilibrar essa troca. Olhar para as conexões que vão surgindo ao longo do caminho, me fortalece a pensar que as pessoas certas cruzaram e cruzarão nossa jornada. Se persistirmos no que acreditamos, as conexões se multiplicarão em um nível em que tenhamos todos os recursos necessários para realizar nossos sonhos.
Como tem cuidado da tua rede?
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