Agora sim…coloco no tempo presente…
Como estou interagindo agora?
Escutei e aprendi através do Osvaldo Oliveira (saudades) que a abundância é fruto da interação das pessoas, quanto maior a interação maior o campo de possibilidades. Não lembro as palavras exatamente e talvez alguém possa me ajudar nos comentários, mas o que ficou pra mim, é que a qualidade do meu aprendizado e experiência, aumenta com a potência das minhas interações com o outro, se quero aprender não fico esperando alguém me ensinar, vou faço, interajo e o aprendizado emerge.
Ainda, se existe a ITERAÇÃO DE INTERAÇÕES, as relações se aprofundam, construímos confiança, e em algum nível nos conectamos com a energia do coração emergindo a PROSPERIDADE.
Sim, tem interação por interesse, tem interação por curiosidade, mas tem a interação genuína de simplesmente conhecer o outro e se conectar. Essa ultima é a que me permite nadar na abundância de recursos.
Quais os lugares berços para essas experiencias interativas? No Art of Hosting em Córdoba me encontrei com a pergunta “Como liderar organizações que evolucionam?” E dela fiquei com uma nova pergunta ao final…
Como construir espaços caórdicos?
E… nesse nutrir de intenções no campo, e contar para uma pessoa (GUS – Gustavo Pereira) no último domingo um sonho, e conta-lo desde um lugar de coração, o tal sonho tomou vida…
Sonhei quê…
Vivia numa casa, num lugar, num espaço que não era meu, que eu não tinha posse de nada, mas tinha acesso a tudo…EU TINHA ACESSO A CHAVE…
Nesse lugar as pessoas interagiam, trocavam, contavam histórias, trocavam experiências e falavam dos seus projetos, ensinavam e aprendiam…
Nessa casa a ajuda era mutua, quem chegava tinha espaço pra interagir, alguns estranhavam, outros se jogavam de cabeça, ou ainda só observavam tomando um café…
Era uma casa abundante, de pessoas, de histórias, de habilidades, de conhecimento e de trocas.
Eu me joguei observando, vivi um lugar que eu me sentia livre pra trabalhar, pra estar, pra acessar a abundância de recursos na minha volta E ME EXPERIMENTAR…
Em parte desse sonho eu me conectava a uma casa física que existiu e eu a vivi intensamente, na época talvez eu não tivesse histórias ou repertórios para poder identificar o tamanho do campo de possibilidades que existia, mas percebi que era algo incrível.
A casa da memória e do reconhecimento teve seu ciclo, seu tempo no mundo como uma estação do ano que inicia e acaba entre 2013 e 2015, mas deixou marcas em mim, em muitos em Porto Alegre. Seu nome era CASA LIBERDADE. Tudo começou ali…
Uma casa colaborativa, de porta aberta, berço de projetos lindos. Num tempo em que coworkings ainda estavam iniciando, num tempo em que se falava pouco de colaboração e inovação. Num tempo em que eu ainda não sabia tudo que iria experimentar ou viver (e ainda não sei), recebi a chave dessa casa há 4,5 anos e ainda tenho a cópia, em abril do próximo ano completaram 5 anos do primeiro dia em que acessei aquele portal, aquela porta, daquela casa de criança, de memórias.
Em algum lugar…em algum espaço tempo eu continuei sonhando com esse lugar…transformando e moldando as situações que iam acontecendo…adicionando paredes, portas, cadeiras, janelas e pessoas que gostaria que estivessem comigo
Nesse sonho…a interação das pessoas tinha um espaço caórdico para acontecer, onde o CAOS encontrava a ORDEM em novas formas. Onde o foco, a qualidade e o nível de interação emergiam de FORMA SIMPLES, a mais simples de todas, CONVERSANDO.
Nesse lugar jogávamos o Ganha x Ganha x Ganha a pleno, sentávamos em vários circulos, várias vezes por dia, falando com intenção, ouvindo com o coração, estando quem tinha que estar construindo e experimentando o novo.
Nessa casa não existiam intermediários, eram pessoas interagindo com pessoas, trocas uns com os outros, evoluindo e experimentando juntos um novo modelo, uma nova forma que ainda viverei para descrever…
VOLTO PARA O AQUI E AGORA, para o tempo presente e conto outra história que motiva o nome dessa casa, desse sonho, e traduz sua essência.
Tive a grata oportunidade de ouvir do John Croft, os 7 passos para sobrevivermos na era das trevas. Simplificado de Steve Taylor, A queda.
1) CONSTRUA UMA COMUNIDADE que dê suporte e seja cuidadosa
2) SIMPLIFIQUE SUA VIDA para melhorar sua qualidade de vida, O JEITO MAIS FACIL DE SIMPLIFICAR – #SIMPLIFY – é construindo uma comunidade.
3) Precisamos de criatividade, social, econômica, tecnológica e espiritual para nos reinventarmos na era das trevas, então SEJA CRIATIVO, só que para ser criativo você precisa de tempo, então simplifique.
4) Com a mudança existe uma tendência a aumentar a violência, então PRATIQUE A NÃO VIOLÊNCIA EM TUDO, só que para praticar a não violência, você precisa ser criativo, então seja criativo,
5) Estamos perdendo sabedoria, daqueles que praticam o conhecimento, precisamos recuperar a sabedoria, o respeito profundo reconstruindo confiança, então SEJA SÁBIO, PRATIQUE E CONSTRUA SABEDORIA, só que para isso, você precisa ser não violento, então pratique a não violência.
6) Vivemos um bloqueio do espirito, precisamos nos reconectar espiritualmente com nós mesmos, com a comunidade e com o mundo, então CONSTRUA ESPIRITUALIDADE, só que para isso precisamos de sabedoria, então seja sábio.
7) Estamos em meio a guerras de fundamentalismos, desconectados de espiritualidade, e para isso precisamos de um SISTEMA POLITICO, ECONOMICO E EDUCACIONAL, que suporte os outros, e para isso precisamos construir espiritualidade.
O principal recado do John, foi de que precisamos SIMPLIFICAR, para emergirmos na complexidade.
O mesmo recado vem na leitura do modelo Cynefin de Dave Snowden, de que a complexidade é simples, só precisamos continuar simplificando.
ENTÃO SIMPLIFY…
Uma nova casa, um novo espaço, caórdico em existência, vivo, evolutivo, berço de comunidades, e preparado PARA INTERAÇÕES DE POTÊNCIA ENTRE INDIVÍDUOS, vem construir junto.
Como potencializar recursos para tornar sonhos realidade?
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