É uma sensação mais profunda que ver um papel em branco. Fico um pouco sem norte, sem foco, disperso e tudo é possível. De alguma forma toda essa possibilidade assusta e paralisa.
Ontem não deixei uma pergunta para hoje, um lapso, talvez, deixei uma mesma pergunta que já tinha reflexionado. O título surge como a primeira pergunta que me fiz ao não encontrar uma pergunta.
Parece maluco, mas meu inconsciente ao não ver uma pergunta criou outra na mesma direção da situação que eu estava enfrentando. Vou mais profundo, até mesmo pra refletir quando não há uma pergunta, o perguntar sobre essa inexistência, acaba por produzir uma questão.
Fico em silêncio buscando uma compreensão deste vazio.
É o primeiro dia útil, acordei as 6, nadei, meditei e cheguei cedinho para trabalhar. Comecei bem o ano, não utilizei despertador, afinal meu celular mergulhou no dia 31 e não funcionou mais. O fato de não ter o celular, de cortar outros hábitos como soneca, noticias e outras leituras matinais abriu um tempo para que eu fizesse o que era mais importante.
Da mesma forma, começo o ano em branco, sem uma lista de coisas a fazer, sem pendências de 2019, o que não foi resolvido dei por encerrado e resolvido. O que queria fazer e não fiz, foi pra lista de um dia quem sabe eu faça. E o fato de não ter deixado uma pergunta também me permite escrever sobre esse vazio em branco que metaforicamente se depara com um ano em branco a ser escrito.
Que histórias quero contar em 2020?
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