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Foto do escritorRafael Urquhart

Como contar uma boa história?

Existe uma área de desenvolvimento profissional especifica para isso, não são poucos os especialistas, seja na área de marketing, cinema, romance, livros, apresentações e tantos outros aspectos.

Não sou especialista, e confesso que me a vontade de aprender sobre o assunto ainda está em um backlog de habilidades a serem desenvolvidas ou melhoradas.

Não é por que não sou especialista que não tenho minhas formas de contar boas histórias.

Gosto de olhar por 3 perspectivas principais:


Arquitetura de contexto


Necessidade de quem escuta


Aprendizados na jornada

Seja qual for a história, esses 3 olhares estão presentes. Quando falo em arquitetura de contexto é sobre preparar o terreno para receber a história, é posicionar os detalhes temporais, detalhes do que estava acontecendo a época, como estavam as pessoas envolvidas, o que era o mais importante e o que se queria a época. É como descrever um mundo conhecido (que pode ser desconhecido para o ouvinte). Posso chamar de preparo, a ante-sala para uma conversa, ou simplesmente preparar tudo que precisa ser dito antes da verdadeira história, é dizer sobre que vou contar e onde vou contar.

A depender da história talvez seja necessário preparar o ambiente, dar contextos, aromas, historia, pré-leitura, munir de todas ferramentas possíveis para preparar o ambiente da história.

Estar atento a necessidade de quem escuta também é importante, se for uma criança ela provavelmente quer rir, se divertir, ficar curiosa. Se for um cliente ele quer saber como vai avançar, prosperar e atingir seus objetivos. Se é alguém aprendendo quer referencias, quer sanar duvidas quer se sentir vontade com o que aprende. Não me sinto bem em contar uma boa história para quem não conheço ou não consigo perceber sua necessidade, ainda assim se não tenho essas informações, cerco a história do máximo cuidado com um publico especifico, um contexto de quem escuta.

Toda história tem aprendizados, seja qual forem, contar os acontecimentos a partir do que aprendi facilita o entendimento, tanto para quem já viveu algo parecido como para quem tudo é novidade. Claro que as dificuldades devem ser explicitas assim como os êxitos, não podem faltar os medos e os saltos de confiança, nem tampouco os aliados e descobertas, mas o mais importante é costurar de um ponto inicial a um ponto final traçando todos os pontos de aprendizagem contidos nessa jornada.

Não sei se descrevi o como, mas talvez um cuidado a estes três aspectos não só simplifique para quem conta a história mas principalmente para quem escuta.

Afinal, para quê contar histórias?

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