Com presença do que se quer.
O conforto sempre chega, fica um tempo até eu me sentir desconfortável com ele.
É como se o estado de conforto fosse sempre passageiro. Ele faz parte do objetivo ou da necessidade por um tempo, ele chega, o desfruto mas logo em seguida um novo desconforto surge. É uma percepção sobre o meu funcionamento, de alguém que não fica confortável no conforto, incrível, mas é a mais simples e pura verdade. Parece que o risco, a ação, a descoberta o novo, me conforta mais do que o comum e já conhecido.
Preciso me sentir desafiado, em risco, para estar confortável comigo.
Interessante olhar para esse conforto consigo próprio e o conforto externo. Ambos coexistem e nem sempre estão juntos, talvez quando existe sincronicidade possa ser traduzido em êxtase ou felicidade extrema.
Mas onde entra o risco?
No risco, se joga pra ver. É um mergulho sem saber o tempo imerso ou a profundidade. Quando se está em risco, o movimento rápido é necessário, a ação é eminente, a resposta é imediata e cercada de contexto.
Parece que no risco não existe conforto, e no conforto não se quer ter risco. Só parece. Olho para o meu contexto e me é importante que ambos coexistam. Talvez a palavra desafio funcione melhor, mas todo desafio é carregado de risco.
A dança talvez responsa a esse movimento, de vai e vem, confortável pela sensação gostosa de dançar e ao mesmo tempo imprevisível nos movimentos aleatórios combinados entre duas ou mais pessoas, o risco de cair, o risco de errar, o risco de passar vergonha está sempre ali, mas também o conforto do som, das vibrações do corpo, da leveza e alegria dos músculos seguindo o tom.
Como sair da inércia?
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