Algo me dizia que eu tinha que vir, que a desconexão comigo mesmo já estava num nível elevado.
Alguma voz gritava para que eu agisse noutra direção menos racional, que poderiam vir outras respostas, ou novas perguntas. Teoria U não era novo pra mim, mas o olhar para ela com a perspectiva de quem esta fazendo e praticando podia me trazer outros aprendizados.
Ver que a jornada do herói se repete, que o olhar do outro sobre si pode revigorar. Que o mundo esta todo igual, que a forma que o vemos nos limita, e nos torna pequenos, e que tudo é uma questão de perspectiva, de sentir, de viver e vibrar noutra frequência torna tudo mais desafiante.
Isso só é possível quando damos ouvidos a intuição, é difícil descrever essa palavra que pode ser tanta coisa, e conectada a tantas ferramentas, estudos e escritas. Mas intuir é sobre sentir, é sobre coração, é sobre não racionar nem pensar.
Intuir é permitir fluir, com abertura pra aprender.
Perceber que quando mergulhamos na U, deixamos algo partir para abrir para algo chegar, que o fogo queima o que vai, supervisionado pelo cosmos que nos cerca. Que as flores florescem onde menos se espera, numa rocha ou num banhado. Que a natureza se reinventa, em um galho quebrado, ou numa nova arvore, que o simples caminho limpo pode se tornar verde, como uma clareira incrível, e que essa clareira só te convida a respirar e tudo fluir.
Tudo isso é um pouco de intuição. Até mesmo quando o corpo fica sonolento, a atenção se vai, e contrariando a logica a escolha é sair e se afastar do grupo pra cuidar de si, isso tudo é a intuição de escutar o coração, de escutar o corpo, de se permitir fluir em outros movimentos, para sim sair do atoleiro, mas não pra voltar pra ele, e sim pra construir pontes sobre ele, pavimentando novos caminhos para fluir.
O que emerge quando saímos de um mergulho?
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