Entregando valor…todo o tempo, o tempo todo, começando agora.
Teve um tempo que ao escutar a palavra “troca”, o que me vinha primeiro em mente era a pergunta, “mas o que vou ganhar com isso?”
Imagino que essa pergunta surja na grande maioria das pessoas do universo ao meu entorno, e as vezes no automático ainda vem a minha cabeça este limitante de escassez, de que para trocar necessito ganhar algo. Não é feio, é simples de explicar, esses dias atras, minha filha esteve comigo, e pedi pra ela arrumar o seu quarto, sem me dar conta ofereci uma recompensa logo em seguida ao pedido Ao final ela arrumou sem a recompensa, mas me fez pensar em todas as vezes que eu fiz ou fui convidado a fazer algo em troca de algo.
Na educação é normal, eu estudava, para tirar um 10, para ser reconhecido, e para consequentemente arrancar uns sorrisos dos meus pais aos ver esse 10. Talvez claramente na minha cabeça essas conexões não vinham a época, mas foram construídas pouco a pouco pelos padrões sociais que estamos cercados e pelas experiencias bem sucedidas, em treinamentos, evoluções humanas para os conceitos de educação da época e que ainda são repetidos hoje. (peguei pesado)
Mas voltemos a disponibilidade, afinal, a pergunta não falava só de troca, também de estar disponível. No mundo conectado que vivemos hoje, estar conectado não é estar disponível, muito menos estar acessível, claro que temos inúmeras ferramentas e contatos, mas as pessoas só nos contatam se em algum momento damos espaço para isto acontecer, e me vem outra uma pergunta, como demonstrar essa abertura?
Mais uma vez, entregando valor, não importa a quem.
Assisti essa semana uma aula do empresário Flavio Augusto (fundador da Wise up e dono do Orlando City) através de um MBA da PUC, circulo no meio do empreendedorismo mas ainda não tinha tido a oportunidade de ouvir ou saber a experiência dele diretamente. Sua aula foi contar sua experiência sua jornada, e suas tomadas de consciência ao longo da jornada de sucesso. O que mais me impactou foi o foco de entregar valor, incrivelmente boa parte da sua história de sucesso foi focada em manter a régua alta entregando valor.
Por que menciono a aula, o professor e a história…ou melhor…Para quê? O contar da trajetória de alguém, suas tomadas de consciência, e abertura de vida por si só, são uma entrega de valor, pode não entregar valor para ninguém, mas entregando valor para 1 pessoa que se conecte a utilizar dessa experiencia, de certa forma o valor terá sido entregue.
Lembro de um workshop que ofertei num TDC em 2016, tinha preparado uma manhã de dinâmicas coletivas, esperava ao menos 10 pessoas na sala, era uma possibilidade entrega, a oportunidade de palestrar de graça, me permitia treinar e me experimentar nessa entrega de valor. Passado 15 minutos do horário previsto, existia somente UMA PESSOA na sala, uma jovem, fiquei sem os dados, nome e o contato, talvez um dia ela apareça ou se revele. Naquele momento todo o planejamento que tinha feito para o workshop tinha se desfeito, afinal me preparei para um grupo, não para uma pessoa.
Lembro que no momento só o que me veio foram ensinamentos do Daniel Wildt sobre esteja preparado para entregar valor a uma pessoa. Ao mesmo tempo lembrava quando comecei a escrever em 2016 que o Daniel Barros (Larusso) me dizia que se uma pessoa ler e for impactada, já entregastes valor.
Sendo assim, aquele workshop individual aconteceu, houve uma entrega de valor, houve uma troca, aquela pessoa me deu a possibilidade de contar uma história diferente, uma experiência diferente, recebi muito mais do que entreguei valor naquele dia, e com essa história, reafirmo a resposta do inicio do texto, É SEMPRE SOBRE ENTREGAR VALOR.
Como estar aberto e perceptivo para receber valor?
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