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Foto do escritorRafael Urquhart

Como lidar com a flexibilidade e resiliência das gerações que estão chegando? (21/jul)

E que flexibilidade…

Levei minha filha pra patinar no gelo, desisti logo ao ver o primeiro adulto cair no chão. Deixei ela ir sozinha.

Naturalmente ela entrou, calçou e como se sua mente fértil se moldasse saiu patinando, equilibrada, ajudando outros pequenos ainda a encontrar o ritmo e o jeito.

Assim, fácil, simples, com o cérebro plenamente moldavel se jogou. Fiquei acompanhando todos que entravam na pista, percebi que todos acima do peso, pequenos e grandes tinham mais dificuldades, talvez pelo equilíbrio, ou mobilidade mesmo. Mas o medo era a maior barreira, assim como a soberba do acho que sei. O movimento é contrario ao caminhar natural, é deixar-se deslizar, confiar num pé depois do outro até o cérebro aclimar com o que se necessita.

Acho que a bicicleta exige a mesma adaptação. As crianças por estarem mais abertas, já vem com isso de fábrica, fico tentado a estimular, como será, se mantivermos estes estímulos e estas aberturas as crianças, o que aconteceria?

Como se manter aberto, adaptável e com o cérebro aprendendo o que pode ser aprendido no agora?

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