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Foto do escritorRafael Urquhart

Como lidar com desejos incontroláveis?

O incontrolável…

As principais cagadas da humanidade foi tentar controlar o que não podia ser controlável, foi colocar limites ao campo de possibilidades que é ilimitado.

Pois bem, todos temos desejos, dos mais loucos e insanos possíveis, aos mais amorosos lindos e sensíveis impensados.

Todos eles em algum lugar são incontroláveis e geram em mim (nós) em algum momento incoerências difíceis de engolir, por que será?

Conto minha experiência de ontem, da RAPADURINHA DE DOCE DE LEITE.

Descobri recentemente que o leite não me faz bem e isso não quer dizer que ele não me faz mal. Depende da perspectiva.

O leite em algum nível me causa alergias, que convivo com elas a muito tempo, e posso escolher continuar vivendo com estas alergias sem problemas. Ao mesmo tempo a rapadurinha, me traz um prazer enorme, uma sensação doce ao ingeri-la que estimula algumas coisas no meu cérebro. E ai temos o desejo incontrolável, olho para a rapadurinha e meu inconsciente logo traduz em uma sensação maravilhosa, e oculta de mim que ela em si é composta do leite.

Tenho a escolha, entre o prazer de comê-la que me faz bem ao ego e a analise dos sabores, ou não come-la que me faz bem pelo não engordar e por não ter as tais alergias. É uma escolha, e somente nesse micro instante de escolha é onde tenho controle.

O desejo ainda parece incontrolável, e como a rapadurinha, inconscientemente pensando que não vai dar nada, que é bobagem, que o sabor é melhor que tudo. Posso chamar isso de adicção para torna-lo pesado, ou de mal escolha, ou ainda de escolha errada.

Não existe escolha errada, ela simplesmente é, aconteceu e pronto.

Aprendi recentemente que posso criar novas perspectivas, novas camadas de informações ao momento de escolha, e ampliar associação do que me faz bem, talvez olhar para a alergia ou a barriga, como situações negativas, realmente facilitem meu cérebro a ir pelo caminho positivo da sensação saborosa. Mas E SE, eu começar a decidir outra conexão de relação com a escolha, numa perspectiva de que se eu não comer vou ter mais energia para coisas que gosto de fazer, que vou ganhar tempo de vida, que vou ter mais tempo sem minhas alergias, dedicando atenção a coisas mais legais? Talvez no momento da minha decisão eu tenha mais informações que me levem a não comer, NÃO PELO NEGATIVO, mas pelo apreciativo, olhando sempre PARA O QUE ME FAZ BEM, e não com a perspectiva do que me faz mal.

Não é fácil, comi outra rapadurinha ontem a noite, e hoje pela manhã usei manteiga no meu pão. Nunca é fácil, mas pode ser simples na próxima vez. O incontrolável vai continuar incontrolável até que eu não tenha mais paradigmas sérios a resolver na decisão, descontruir leva mais tempo que construir. Para estes desejos preciso de tempo para consolidar a desconstrução para criar alicerces positivos para um novo modelo de escolha a ser construído…

…escolhendo sempre o que me faz bem naquele instante presente.

Como desconstruir pré-conceitos?

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