Me sinto cansado, reprimido, sem forças e talvez ainda inútil. Não sei se as 4 características que escrevi são mesmo sentimentos, talvez uma percepção é de que eu me sinta oprimido, encurralado e sem enxergar uma luz, caminho ou saída.
Nossa Rafa, isso parece pesado demais. Sim e é, sentir-se insuficiente é como que se numa corrida, a força das pernas chegassem no limite máximo a ponto de desistir. Ok, mas em que nível de insuficiência estamos falando? O nível humano.
De alguma forma somos forçados a acreditar que podemos fazer mais, que somos capazes sempre, que sempre dá, que tudo é possível, que sempre tem alguém que pode nos mostrar um outro caminho ou um mecanismo heróico que pode nos salvar. Verdade que a perseverança move montanhas, mas como tudo que é físico tem limite, nós também temos nossos limites e alguns deles batem no limite da suficiência, ou seja, dando a nítida impressão de que não dá, não consigo e não é possível.
Quem nunca foi desafiado no seu limite e soltou em algum momento a palavra esbaforida “DESISTO”? Seja numa competição escolar, seja até mesmo num embate com outra pessoa em que o convencimento mutuo ou consenso se torna quase que impossível. Então todo mundo já experimentou uma certa insuficiência alguma vez.
Estamos passando por um momento delicado em que a insuficiência respiratória aguda vai acabar por recolher e retirar de circulação milhares de vidas, seja pelos motivos combinados com outras doenças ou especificidades daqueles que tem o organismo mais débil e suscetível a essa insuficiência. É a vida, é o lado humano sendo colocado em cheque, meus país estão num grupo de altíssimo risco, e podem ser diretamente afetados por essa insuficiência.
As cartas estão dadas, colocadas na mesa, e ainda assim em algum nível me sinto insuficiente, como não é respiratória, minha insuficiência começa a diminuir e perde importância, meu foco deixa de olhar para o que não consigo, e passa a buscar alternativas diferentes, outros caminhos, onde sei que posso mais. Aos poucos todos os sentimentos ruins vão diminuindo, dando lugar a uma tranquilidade, que por pior que seja a insuficiência percebida, seja financeira, laboral ou emocional, ainda assim ela é irrelevante a uma insuficiência respiratória.
Para que comparar?
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