Fortemente num apego ao passado. Até por que ainda não descobri um apego ao futuro.
Me apego a objetos ligados a lembranças, a fotografias e principalmente memórias desafiantes.
Em certo ponto esse apego é traduzido em nostalgia, mas tirando esse ar celebrativo do passado também me apego as situações que não consegui resolver.
Fico apegado aqueles pontos da história onde imaginava que o caminho seria diferente e algo ficou inacabado. Um apego a memórias de quais aprendizados importantes aconteceram para não cometer os mesmos erros novamente.
Tenho uma história bem interessante, gerenciei diversas obras pelo Brasil, umas 20 no RS e outras 10 espalhadas pelo Brasil, incrivelmente não terminei nenhuma delas, iniciei a maioria delas, algumas peguei pela metade e passei grande tempo por lá, mas não tive o prazer de ENCERRAR, nenhuma delas. Muito por que o desafio se reduzia e eu ou a empresa entediamos como necessário ir para outro desafio maior, mea culpa, na maioria das vezes fui eu que decidi alçar outros voos, passando o bastão para outro dar continuidade ao que iniciei. Todas essas obras chegaram ao fim, grande parte delas a parte mais difícil ou crucial foi no período em que eu estava lá.
Fico com o apego de sempre ter deixado estas obras melhores do que encontrei. É como se fosse um valor meu, mas também um apego de deixar os lugares sempre melhores do que encontrei. Melhor a partir da minha perspectiva é claro.
Tenho um apego forte as coisas que não concluí. Como uma falta, e volta e meia olho pra isso pra buscar forças e concluir outras coisas.
Sou apegado a paginas em aberto, recentemente escrevi o quanto esse apego ao passado gera uma carga que muitas vezes me impede de progredir. Acredito que quando mais presente e perceptivo eu estiver para este apego, acumulo ferramentas para deixar-lo de lado e tomá-lo apenas como aprendizado para evoluir pelo que vem pela frente.
Talvez você que me lê se conecte com isso, seja mais apegado a um lugar, a pessoas, a coisa, a situações ou a hábitos e vícios. Acredito que o apego esta distribuído em muitas coisas, já fui muito apegado ao RS, quando fui morar na Bahia era quase uma vontade de levar o RS para lá. Desde o churrasco, a música, o sotaque e catequizar novos hábitos por la. Com o tempo esse apego diminui, vieram outros, e assim vamos evoluindo, talvez só desapegue quando parta para outro plano, mas quero com certeza estar atento a estes apegos até que se reduzam a um mínimo de só olhar para frente reconhecendo o passado sem se apegar a ele.
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