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Como simplificar a auto-cobrança?

Foto do escritor: Rafael UrquhartRafael Urquhart

Substituindo auto-cobrança por limites e aceitação.

Não sei se funciona pra todo mundo, mas tem me feito bem. Estou passando por mais uma transição, me desliguei da empresa a qual estava dedicado em tempo integral depois de 20 meses, passando a oferecer serviços a outras organizações incluíndo a que estava em dedicação total.

Nessa transição fiz o caminho inverso da maioria, enquanto muitos estão saindo do Home-office eu estou entrando aos poucos nesse modelo. Não preciso aqui contar as novidades e os desafios. Mas sair de uma jornada intensa 40h por semana, com horários de entrar e sair, para uma jornada livre, onde coloco meus horários, faço minhas escolhas respondendo a mim mesmo tem lá seus desafios.

A autocobrança se faz necessária, afinal meu chefe sou eu, por mais que na minha hierarquia exista o meu cliente lá encima, são as minhas atitudes diárias que dão ritmo e valor ao que entrego.

Ok, mas como cobrar a mim mesmo, como não ficar demais na procrastinação ou no ócio, ou como dosar os tempos e manter as entregas?

Já passei por essa transição outras vezes, de diversas formas por sinal. Me cobrei demais nas anteriores a ponto de me paralisar, diferente desta onde me preparei emocionalmente para esse momento. Não existe uma única resposta para a auto-cobrança, o padrão que percebi foi o de manter uma cadência, um compasso, algo não acelerado, mas também não paralisado. Todo dia um pouquinho, horários flexíveis mas em quantidades rígidas.

Quais são os limites? E se não acontecer o que acontece? E se eu falhar? E se eu não gostar do meu próprio trabalho? E se eu faltar com tempo para alguém? O que meu instinto está dizendo?

As perguntas se multiplicam quando dedicamos tempo a trabalhar a nós mesmos na arte do autocuidado, preciso manter o ritmo e ao mesmo tempo cuidar de mim e do processo. É tudo novo, tudo é inicio, tudo cobra energia e força, mas e daí, como simplifico isso tudo?

A aceitação é uma habilidade em eterna construção, evoluímos e aceitamos mais, mas também nos cobramos mais. Quanto mais sei ou quanto mais habilidades construo, maior é o campo da intolerância comigo mesmo. Nesse jogo entra o LIMITE, QUAL O LIMITE DA AUTO-COBRANÇA?

Posso estar errando ao centralizar a resposta, mas me parece que o limite da autocobrança está no limiar do encontro da aceitação, enquanto eu aceitar sem limites, a autocobrança cresce. Quando limito a minha aceitação, aceito o erro e me permito desfrutar, a auto-cobrança diminui e é substituída pela observação e aprendizado, ou simplificando pela presença plena.

Qual o limite da sua aceitação de si mesmo?

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