E se sim, fosse mais simples.
E se o que faço é no sentido contrario ao que comunico?
E se o que faço é tão simples, que me é complexo ao explicar a ponto de me perder no que digo?
E se de verdade, não precisássemos explicar nada, simplesmente fazer e deixar-se perceber?
Fico dando voltas em mais perguntas por que não tenho e não vou ter as respostas.
Neste dia descobri que comunico as avessas, quero transmitir uma coisa e digo outra, quero falar do claro e digo mais palavras ligadas ao escuro. Quero dizer o bom que foi, e em algum lugar começo a comunicar o tudo de ruim que existiu.
Sim, me dói o estômago, falo o que me vem a mente, de forma não ordenada, observando e conectando pontos a situação do momento. Mas por um respiro a mais, começo a complicar, a tornar complexo o entendimento e me afasto. Falo demasiadamente muito.
Utilizo as palavras que remetem no desenhar do que combato. Sim combato de algum lugar interno inconsciente já percebido mas não explicado. O sistema me fere a todo instante e sigo insistindo em comunicar ao contrario.
Falo sobre complexidade, modelos, sistemas, conexões, paradigmas, e na verdade descubro em algum lugar interno que o que faço e escolher de forma simplificada o que se apresenta a se decidir a cada instante. Simplesmente decido e escolho pelo simples. Mas ao explicar complico, torno complexo, e essa explicação começa a duvidar do meu movimento de simplicidade inicial.
Maluco? Bastante. Perguntar e responder para mim mesmo já o é por natureza. Mas assumir e fragilizar ao ponto de que é mais simples do que parece, da medo, perde base. É como que para dar mais valor eu adicionasse mais complexidade ao que faço. O simples é mais valioso que o complexo, só não o tinha percebido ainda.
E assim, começa mais um jogo de prática. Pratica de falar menos, somente o essencial, neste essencial talvez emerja o simples que habita em mim.
Qual a potência de encerrar ciclos?
コメント