Tenho percebido que já temos o suficiente, temos muito, muito mesmo.
Comecei a perceber que as metodologias opensource (software aberto), as aberturas de alguns negócios para a escala e consequente redução de custos nos possibilitam um universo de ferramentas. Em paralelo, o conhecimento da humanidade está todo disponível, acessível, mesclando, encontrando-se e produzindo mais certezas. Somo ainda que hoje é possível entrar em contato com quase a totalidade das pessoas e seres pensantes, todos, bastando alguns movimentos através das ferramentas existentes.
Se as ferramentas já estão aí, por que razão não evoluímos em coletivos?
Tenho uma possibilidade de resposta na ponta da língua. Conversas de qualidade, fomos feitos para interagir, para nos emocionar, para nos sensibilizarmos, estarmos com o outro. É incrível a energia que uma criança vibra, é incrível quando conseguimos dar tempo para uma conversa com o outro, novas possibilidades surgem.
Comecei a refletir que persistimos discutindo o como, criando mais e mais ferramentas, mais e mais soluções para prosperarmos, o custo das maioria diminui, porém o custo das mais essenciais, como moradia, agua e comida vão pelo caminho contrário.
Por que será. Somos abundantes em ferramentas, porém consumimos mais dos recursos naturais, o tornamos escassos e consequentemente aumentamos seus preços isolando algumas muitas pessoas do acesso a estes recursos.
Começamos a colocar as ferramentas e os conhecimentos em prática nessa direção, na direção de propor os recursos essenciais. Nesse caminho novas ferramentas começaram a aparecer, e a preencher lacunas para nos aproximarmos mais, aumentam a possibilidade de troca de informação, mas ainda assim nos mantem distantes, já que a conversa é olho no olho, face a face e não tecla a tecla.
Dou voltas e mesmo me sentindo abundante com todas ferramentas a disposição, olho a minha volta e vejo poucos conversando, vejo poucas pessoas interagindo com qualidade hora pela correria, hora pela facilidade que a distancia das ferramentas permitiu.
E se conversando pudéssemos fazer melhor e com menos? Como fluir no fazer?
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