E se a normalidade ultrapassou o prazo de validade?
Se essa normalidade aparente já tivesse caducado o porquê de sua existência?
São perguntas que afrontam, que confrontam com tom de disfunção. Sim romper o status atual, criando um novo status evoluído é algo que tenho feito com bastante frequência. Questionar os modelos de pensamento atuais, assim como os processos e comportamentos de atividades em coletivos tem tomado o meu tempo de observação. Um olhar de confrontamento pra tentar mostrar que já não serve mais, e que a persistência neste caminho não vai nos trazer um final feliz para nossos filhos.
Vivemos numa exploração em camadas, num não compartilhar, num competir extremo, numa eterna demonstração de força e poder de quem pode mais encima de quem pode menos.
Ouvi ontem dia 13, que é difícil pra alguns e fácil pra outros. E nessa percepção me emergiu um olhar de que é difícil pra todo mundo. O rico abastado acha difícil sua rotina de decisões do que comprar, e fácil a rotina do trabalhador que se preocupa menos. O trabalhador acha difícil a preocupação de como sustentar muitos com tão pouco e fácil a vida de quem está abastado de dinheiro.
Nenhum dos dois encontra facilidade, está difícil pra todos, já que na ótica do mais abastado, manter este padrão conquistado exige esforço sobre natural. Assim como o menos abastado de dinheiro também tem um esforço sobrenatural para poder com malabares pagar as contas, sobreviver e se alimentar.
Me pergunto, isso é normal? É saudável?
E se existisse outro caminho possível, já experimentado por muitos e que funciona, só não foi percebido ainda, e exige um esforço sobrenatural para sair da normal. Um outro caminho em que o esforço seja desaprender a normalidade que conhecemos e se abrir para experimentar outro nível de contato, conversa e aproximação humana, a partir da confiança de que tudo que fazemos junto é possível e realizável.
O que ocorre quando um embate ocorre em que dois lados não cedem, o que fazer?
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