No domingo 21, o tempo abriu, e pude passear com meu filho e minha filha, brincar, alguns minutos com os dois, olhando o brilho nos olhos de um para o outro. Aquela foto, e seguimos.
Nossa memória permite paralisar o tempo, chamasse fotografia. Escrevo agora 19 dias depois, mas ainda em pensamento na data da situação que guardo parada na minha memória. Infelizmente o tempo segue, mas agora neste instante, me lembrar deste tempo me faz sorrir e sim, ver que podemos de alguma forma dar pauses no tempo.
Olho pra pergunta, e me pego novamente refletindo sobre o tempo, sei que é impossível para-lo, ele continua, a idade vai chegando, posso revisitar momentos, lembranças, videos, fotos, mas parar mesmo é mais difícil. Porém posso reduzir a velocidade da sua percepção, vibrar no Kairós.
Olhar para o belo quando o sentir, estar presente e desfrutar dos segundos de uma paisagem, de um sorriso, ou de um encontro de olhares, com um bebê ainda, que depois irá virar adulto, pode me fazer vibrar noutro tempo, não parado, mas em câmera lenta no brindar de cada segundo, sem piscar, ou talvez piscando como uma câmera que tira fotos, e fecha e abre suas lentes.
Quando o tempo para no retorno a vida cotidiana?
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