Ontem passei o dia pensando, na pergunta da potência de um propósito, busquei durante o dia pensamentos, experiências que pudessem me refletir essa potência, a cada olhar pra mim mesmo, buscava sair da minha bolha e olhar a minha volta dentro da sala que trabalho, quantos realmente tinham um propósito em mente ou tinham encontrado a fonte de suas motivações.
A cada olhar para o entorno para observar, sentia um vazio de perceber que talvez por ter tido mais oportunidades de me trabalhar, estou vivendo orientado a um propósito meu particular, e que talvez para muitos isto ainda seja algo distante…
Lembrei das minhas experiencias ao viver no sertão da Bahia, lembrei dos sorrisos e da felicidade de quem tinha tão pouco e ao mesmo tempo tinha tanta alegria que transbordava. As pessoas com quem convivi, conheciam pouco, tinham um alcance de perspectiva talvez limitado, mas o suficiente para se sentirem bem consigo mesmas.
Ao parar, pensar, olhar o entorno sempre encontro paradigmas, ou contrapontos opostos separados pelas perspectivas e experiencias entre eles. E se realmente formos mais felizes com a pagina do propósito em branco, nos sendo uma dadiva estar vivendo?
Fiquei com esse pensamento no final do dia, e minha vontade foi experimentar o não escrever, o branco, o nada, o vazio. Escrever um mar de possibilidades em aberto.
Aprendi a dinâmica do “Para quê?” com o Martin em 2015. Ao encontrarmos um obstaculo, se nos perguntarmos “Para quê” seguidamente como uma criança faz com o “Por quê”, vamos ir mais fundo e mais fundo na nossa intenção até chegar ao simples fator de SERMOS FELIZES E DE AMAR.
Vivo através de um propósito, o propósito do hoje, mas pelo simples fato de que este propósito me permite amar e estar feliz enquanto estou nele. Pode mudar no futuro? Acredito que sim, com o tempo se transforme e atinja outros pontos, mas dificilmente o estar feliz e amando-me vai se afastar deste propósito.
Me caem fichas, de diferenciar propósito pessoal, de propósito organizacional ou de projetos, talvez seja outra perspectiva, outro olhar…e sim talvez seja necessário para um grupo de pessoas terem um guia para se manterem juntas e conectadas.
Sei da importância de um propósito e de um norte no coletivo, é quase como um principio básico imprescindível em uma organização. Mas individualmente me fica a duvida, e a incerteza, e talvez o espaço para aprender mais e encontrar novas formas de alegria e sabedoria.
Talvez propósitos pessoais abertos, como paginas em branco que ao mesmo tempo dizem tudo e não dizem nada, nos permitam manter o campo de possibilidades aberto com o foco de olhar para o branco e responder o para quê com a simples e única palavra AMOR.
Como criar momentos de utilizar o Para quê?
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