Não é fora, é dentro. No condomínio comigo mesmo, na minha presença.
Parece uma resposta simples, até uma fuga, já que não esta fácil ser quem se é lá fora. É muita expectativa, muita carência, muita necessidade junta e todas para ontem. To cansado de suprir e seguidas vezes sinto é ganas de sumir.
Desaparecer talvez não seja solução, mas ligar o modo silêncioso no salão sim. Trabalhar para que aquela vozinha que fica acima do ombro se aquiete, que dentro da nossa cabeça fiquem só suspiros e apreciações, deixando para que a realidade se manifeste na voz do outro com algum Feedback.
Não desejo incomodar ninguém, nem mesmo o vizinho. Também não desejo me deixar incomodar por ninguém. E talvez esse seja o acordo condominial da minha cabeça. Para que me estressar? Meu ego as vezes me derruba, as vezes me atrapalhar, mas também é ele que me mantem firme nos meus valores e ideais. O pensar sobre mim mesmo na miserável arrogância do achar que sabe nos derruba de fato, cria confusão, causa ruído, passa dos limites e bagunça a convivência. Ser leve, com um foda-se bem dado, daqueles de respirar fundo e chiar o pulmão. Talvez facilite que ocupemos o tempo com aquilo que realmente importa e que precisamos entregar agora.
Vizinho é bom, mas melhor ainda é estar bem comigo mesmo.
Quais conversas precisam ter no lugar onde estamos?
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