Escrever acaba sendo uma recordação temporal, um ato de consolidar aquilo que se esta pensando, contando, sentindo ou analisando. Depois de escrito não pode ser alterado, talvez o contexto em que se lê e quem lê possa trazer outras perspectivas, mas para mim fica como uma marca no tempo, não que o que seja escrito não possa ser repensado depois, afinal eu já escrevi inúmeras vezes mudando ou evoluindo a respeito do que pensava, muitas vezes a respeito da mesma pergunta, afinal as perguntas ficam as respostas vão mudando ao longo do tempo.
Se celebro ao escrever? Sim, a cada final de texto sinto como se tivesse deixado algo de mim nas paginas brancas, como se pensamentos tivessem sido transformados em algo material e acessível a outros, o reconhecimento fica marcado por que ao escrever, reler, acabo conhecendo mais de uma vez, acabo reconhecendo o que já conhecia e praticamente todas as vezes chegando a novos resultados, aprendizados e por que não conhecimento, afinal estou praticando sobre as informações que tenho neste instante.
Hoje passei o dia com a Caroline aqui em Guarapuava, fiquei no lugar de observador, vendo ela correr, brincar, sorrir, interagir, e instiguei que ela escrevesse algo, ela está na fase curiosa da alfabetização, sabendo ler e escrever mas ainda na fase de praticar bastante. Me peguei pensando como será quando minha filha começar a ler o que já escrevi? ou, ao ler o que escrevi hoje, como ela vai interpretar? e em que contexto este texto vai significar? Celebro que será possível tirar novas conclusões, talvez ela se inspire, e fique instigada a ter as suas respostas as perguntas que venho fazendo. Seriam novas e novas celebrações.
Celebro o tempo do hoje, e do amanhã, motivado a continuar escrevendo, reconhecendo a cada dia novos aprendizados.
O que acontece quando escuto ou falo a frase “eu já sei”?
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