Ja teorizei e refleti muito sobre a importância dos feedbacks, tanto de estar aberto a receber, como também de estar aberto e saber a melhor forma de entregar.
Os feedbacks positivos são aparentemente fáceis de entregar, afinal, quem não gosta de ouvir coisas boas. Mas tem em si também a superficialidade quando fáceis, e uma profundidade quando bem trabalhados.
Essa semana, escolhi presentear um amigo com um Feedback, não sei se bom ou ruim, mas construtivo para colaborar para os seus projetos. Num primeiro momento ia mandar audios, talvez longos, via WhatsApp com a minha percepção. Mas ao começar a gravar o primeiro percebi que esse não era o melhor canal, afinal tinham pontos bem delicados que precisavam de compreensão e contexto, e a depender do momento, contexto e situação da escuta podiam não apoiar e gerar ruído.
Escolhi então tentar uma conversa, combinamos, infelizmente a agenda não bateu. Ainda estou pendente do Feedback e não consegui entrega-lo. Duas coisas aconteceram a partir dai, ou melhor duas reflexões:
O distanciamento da percepção, vai reduzindo a riqueza de detalhes, perdendo força e talvez importância, pois acabei não anotando, deixei todo o Feedback alocando a minha memória temporária.
O tempo e os momentos revelam que o que aconteceu é o melhor que podia ter acontecido e talvez esse Feedback não estava maduro, ou no melhor momento pra acontecer.
Em ambas as percepções o fator tempo foi o ingrediente dificultador, mas ao mesmo tempo preponderante pra dar melhor contexto a situação.
Me preparei mais, pensei com a lente do “que tal”, criei contexto para a entrega, e ainda assim o universo se encarregou de incompatibilizar nossas agendas. Fiquei me perguntando se o interesse é maior de quem quer dar o Feedback, ou de quem quer receber. Não cheguei também a uma resposta, entendendo que ele acontece ou não, independente de querer ou de a quem interessa mais.
Por fim, em mim se revelou uma curiosidade de quando? Se ele ainda é importante? E também se o melhor nesse caso é deixar como esta, sem insistir?
Vejam que toda reflexão se passa, em uma situação ainda de não entrega, de preparação e tem em si um despedio de energia. Fiquei pensando em como teria sido se eu tivesse enviado o audio, e me livrado do Feedback (naturalmente seria mais fácil), mas tenho certeza que se livrar de um Feedback é bem diferente de uma ENTREGA de um, com qualidade, cuidado, e pensamento no melhorar as coisas como um todo, inclusive aprendendo novas formas de fazer essa entrega.
Qual o peso do passado na minha memória?
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