A maioria?
O certo?
O aceito pela sociedade?
O que todo mundo faria? Quem é o todo mundo?
A aceitação da diversidade, e a abertura a experimentação das interações entre indivíduos tem me feito refletir com bastante frequência sobre A NORMAL, a frase o normal seria…tem se repetido constantemente.
Como se o que eu estivesse fazendo fugisse do padrão, contrariasse expectativas.
Sim, mas e por que o que eu estou fazendo não pode ser o normal? E aqui não quero entrar em certo e errado, pra não cair na tortura normal existente do convencimento de certo e errado. Podemos encontrar sim o melhor e o pior, através da perspectiva de cada um, como todas são válidas, o melhor e o pior também não é peso para o normal.
E SE, sim, e se o normal fosse visto apenas de forma individual, como o normal pra mim no meu universo é este. Entendendo que ai reside a minha normalidade, os meus hábitos, independente de aceitação ou não do outro.
Na busca da aceitação nos sentimos anormais, eu me sinto anormal. Oswaldo Oliveira me disse uma vez que não era louco era apenas anormal, traduzindo isso que a normalidade era algo aceito pela grande maioria e praticados como padrão temporário.
A normalidade é temporária, os meios mudam, os tempos mudam e o que é normal também. A aceitação do novo, do anormal leva um tempo, mas as vezes em estalos vira anormal. É só ver os patinetes verdes e amarelos pela rua, ainda é anormal pegar em qualquer lugar e entregar em qualquer lugar. Logo logo isso vai ser tão normal que ninguém irá perceber.
A normalidade nos torna cegos nas percepções, nos fazendo perceber apenas o que é anormal, entrando no automático perceptivo da normalidade. O anormal nos desperta curiosidade, espanto ou repulsa. Em alguns menos evoluídos a repulsa é natural ao diverso fora da sua anormalidade. É assim com diversidade de gênero, étnico, pensamento e comportamento. Por que o normal mesmo só esta escrito em artigos técnicos de normas físicas ou descrições de processos e construção de coisas.
Sim tem as normas, criadas em algum momento para dar ordem ao caos. Esse ordenamento com o tempo se tornou controle exacerbado, que já nem se sabe mais para que foi criado ou concebido, valendo a máxima de que é assim por que sempre foi assim.
E se o que consideramos normal, fosse efetivamente agora anormal e estúpido?
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