O silêncio.
Até mesmo o silêncio olhando para essa pergunta que bate no estômago.
Cada feito, cada passo, cada acontecimento do cotidiano é pequeno em algum momento.
O silêncio é pequeno em cada frase, espremido entre uma palavra e outra. Por esta perspectiva temos infinitos pequenos silêncios entranhados em pensamentos, textos, falas e por que não músicas.
Em tudo que existe, existe algo pequeno que já foi grande e algo grande que já foi pequeno, um paradoxo de expansão e contração a partir da percepção do momento presente.
Se algo é pequeno agora pra você, já foi fundamental e gigantesco pra alguém. Algo que agora pra você possa ser grande, pode estar sendo ao mesmo momento pequenino para alguém.
Meu filho já foi pequeno, muito pequeno, já é maior, mas ainda é pequeno, tudo depende da referência.
E ai está a chave, o referencial. O silêncio pode ser pequeno ou grande, a partir do contexto. Em um Art of Hosting certa vez nos propomos a ficar em silêncio (tempo de conversa com si próprio) por 1 hora completa. Para muitos foi uma imensidão, outros queriam mais tempo, tudo em função da referência contida em cada ser presente.
Parece tudo minúsculo neste instante, tudo que era grande passou a ser insignificante, o impossível passa a ser possível e a complexidade do todo que nos cerca fica minimamente simples se fragmentada. Já que tudo é fragmentável, fractal em si mesmo, por que não olhar para o todo não como algo grande mas como algo múltiplo de muitos pequenos.
Qual o teu referencial?
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