Uma separação.
É utópico ver o todo, mas ao mesmo tempo limitado não parar para observar esse todo.
Esta tudo a nossa volta, pessoas, matéria, conhecimento, ar, partículas, luz…etc. É muita coisa para ser percebida. Aprendemos a desassociar este todo de nós mesmos, a propriedade e o “poder sobre” nos levaram a tratar tudo como isto, ou aquilo, criando essa separação externa a nós.
Interessante terminar a frase com o nós, por que em muitas organizações utilizamos do mesmo “poder sobre” a respeito das pessoas. Eu e “ELES”, nós e “ELES, com uma separação nítida, onde “isso” vira “esse” e de alguma forma mais uma vez criamos inconscientemente uma nova separação com o todo, ainda mais dura e cruel por separarmos as pessoas umas das outras, muitas vezes tornando-as números ou “coisas”.
Talvez o texto seja pesado no olhar, mas basta olhar para a volta e ver o invisível aos olhos que está servindo nos caminhos por onde passamos.
Não perceber o todo é diferente de não ver, afinal muitos cegos de visão percebem o todo com muito mais propriedade do que aqueles com olhos límpidos e brilhantes em bom funcionamento. Perceber essa conexão com o todo, pode nos dar limites, como também criar meios possíveis do fazer diferente. Perceber para depois interagir e de algum modo conectar.
Do que estamos realmente nos separando?
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