Dormir em casa…
Naquela casa em que cresci, perto dos que me cuidaram quando ainda não andava…
Poder dormir sem hora pra acordar…Ir almoçar aquela comida que é de casa…
Sentar na sombra olhando a paisagem…o silêncio de um sono bom.
Dormir em conexão com o passado me permitiu sonhar com o tempo, com o tempo que já existiu e com o tempo que ainda esta por vir. Me conectou com o espaço atemporal de mim mesmo.
Olhar os olhos da minha filha, do meu filho, sentir o olhar dos meus pais. E me permitir viver outro tempo me conectaram a coisas básicas de mim mesmo que havia esquecido.
Esse sonho me pegou montando quebra cabeças, brincadeira, cheiro e campo, sono e preguiça. Aquela vontade de não fazer nada e só deixar o tempo passar. E assim se fez.
A conexão com minha infância, pela infância dos meus filhos me permitiu acessar memórias de valor. Me reencontrar com a cabeça vazia ao montar um quebra-cabeças de mil peças fez com que eu liberasse espaço pra pensar em mim, na minha existência.
E o estar em casa, dormindo, com sono reparador, recarregou memórias, sentidos e sentires que estava distante, me trouxe paz, entendimento e liberdade, para SIMPLIFICAR. Me simplificar, simplificar-me.
Não sei o que acontece, mas sei que é bom, e as perguntas que surgem são melhores ainda?
Quanta paciência é necessária para parar e observar a si mesmo?
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