Crítica x Apreciação, quem ocupa mais nosso tempo?
Sem duvida a crítica no meu caso. Ela já ocupou um tempo substancial e de alguma forma ainda me consome. Tenho em mim um olhar natural para o que não esta funcionando, para o que precisa melhora. Aos olhos de alguns isso é positivo pois encontro oportunidades, ao olhar de outros pode não soar tão bem.
Me debato sempre com outras formas de olhar para o mesmo ponto e comunicar formas diferentes, ao invés do tom da critica, o tom da positividade do que pode melhorar. Infelizmente isso não acontece no automático e tenho um esforço maior para a cada observação mudar o paradigma. Nessa busca, procuro reduzir, cessar e não falar. Não encontrei a forma ainda em mim, para substituir a crítica, então de alguma forma apenas posso suspende-la ou reduzi-la.
Por um tempo isso pareceu bom, mas ao não apontar a critica ou discutir sobre o que estava vendo, as situações começaram a se repetir, uma e outra vez, me corroendo de alguma forma por dentro. É como se não falar não fosse a solução, e me faltassem habilidades para o caminho do meio. Criticar menos acaba aliviando o tempo, já que não preciso gastar tempo para sustentar a crítica e trabalhar na resolução dela.
Parece fácil, mas ao não criticar, ou apontar os problemas, existe junto um desengajamento, e um não participar, claro que isso alivia o tempo, facilita as coisas, mas não resolve o problema e no futuro em algum momento isso se torna mais complexo.
Substituir a critica parece o caminho, não sobre reduzi-la, mas encontrar formas de falar o que se pensa, com olhar propositivo e apreciativo sobre a situação, que soe como verdadeiro e preocupado, e não como mecânico ou solto com intenções ainda criticas. Se a intenção ainda for critica, por mais positiva que seja a fala, ainda vai soar sobre o que não se quer, e não sobre o que se quer ou se escolhe.
Como o pessimismo participa do tempo?
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