Onde ela é mútua, onde o coletivo se apoia, onde uns cuidam dos outros para que todos sobrevivam.
A colaboração em casa me faz bem. Nos núcleos onde ela percebida como fundamental para que sobrevivamos, se revela ainda mais potente e saudável.
Experimentei diversos tipos de entrega através da colaboração, em meios organizacionais e em meios colaborativos propriamente ditos. Em ambos o fazer sem expectativa de receber se revela interessante para iniciar processos e despertar a colaboração, porém esse movimento tem prazo curto, pois não se sustenta no tempo, é preciso troca e reciprocidade.
É possível que a percepção dessa colaboração se alongue no tempo, fazendo com que ela não seja percebida como mutua, e por fim escasseando o campo de ação de quem se oferece a colaboração.
Como assim?
A colaboração é fazer junto, é um movimento de energia coletiva que depende da soma das energias individuais. Portanto o movimento individual obrigatoriamente se torna coletivo, essa é a tendência, o inspirar se sobrepõe a qualquer outra forma, e com o tempo o movimento ou ação se amplia e se distribui entre todos tornando a colaboração visível. Se a força individual fica concentrada em um ponto por muito tempo e não passa pela distribuição, já não estamos falando de colaboração, estamos falando na verdade de iniciação, propulsão de algo que se propõe a ser colaborativo. Esse iniciar é importante, a colaboração começa em algum lugar, tudo na natureza inicia em algum ponto, desde uma faisca temos chama, de uma nascente um rio, e de uma semente uma floresta.
Conheci a palavra Sintropia não tem muito tempo, ai me sinto um curioso frente a ela, é quase que uma palavra que descreve muitas coisas com um foco talvez em retroalimentação, sistemas vivos e outros sintomas parecidos, sim sintomas, por que a sintropia assim como a colaboração precisa ser sentida e não entendida. Não se pode entender sem sentir.
Voltaria a pergunta e conseguiria agora descrever que A COLABORAÇÃO ME FAZ BEM ONDE CONSIGO SENTIR SUA PRESENÇA, e não por menos isso já foi possível em inúmeros lugares, me recordo agora de um em especial, em um grupo grande, que digitalmente me afasto nesse momento. Em maio de 2018 vivemos o Art of Hosting Colaboração 2, mergulhamos num novo universo da colaboração e em um dos movimentos picos, produzimos entre todos uma série fantástica de pizzas para celebrarmos, todos com a mão na massa, preparando recheios juntos, na cozinha, onde é mais simples se perceber a colaboração de muitas para nutrir nossa energia.
Foi um final de semana lindo, onde efetivamente senti colaboração, vivi a colaboração, falei sobre, experimentei diversas formas, e em um grupo maior percebemos o quão bem ela nos faz. Fisicamente nos despedimos em circulo há mais de um ano, mas talvez por apego e necessidade de me manter conectado a essa memória, me mantive conectado em energia a esse grupo lindo que me despeço hoje.
A colaboração é feita de ciclos, que precisam ser encerrados para que novos possa surgir. Nossa conexão individual permanece no tempo pelo entrelaçamento de nossas histórias, algumas delas escritas em http://www.catarse.me/simplificar. O campo precisa estar em fluxo para que eu possa continuar sentindo a colaboração que me faz bem agora.
Como conectar o fluxo da vida e do trabalho?
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