Parece obvio…
Não da pra não escolher…o termo mais apropriado e sinônimo seria ENROLAR, ir levando…
Será que não da mesmo? Ou é outra escolha?
Escolher não escolher também é uma escolha, ou não?
O que te define? Como te apresentas? O que é mais fundamental em ti? O que comunicas de ti?
São perguntas abertas mas que buscam fechar, definir, categorizar, apropriar em caixas.
Ahhhh então tu faz isso, ou melhor, então tu é isso.
Parece que quando não escolho, não coloco foco, e aquilo vai indo, a qualquer jeito, talvez sem cuidado, reduzindo cada vez mais o foco até que some do radar.
Hoje numa conversa alguém me apresentou como o Rafa da Ecoopower (que escolhi paralisar), e a pessoa prontamente sem me conhecer pessoalmente, e ter estado comigo, lembrou quem eu era. Da mesma forma muitas outras pessoas me conhecem pelo que fiz, e não pelo que sou. Acontece que o fazer com infinitas faces, e diferentes coisas não conectadas, acaba por tirar o foco de o que me representa. Digamos que alguém fosse me recomendar ou me indicar para alguém, por onde ela começaria?
Coloco aqui a duvida, por que escolhi esse tempo todo, de diversas formas, escolhi ir fazendo o que se apresenta e faz mais sentido no momento, mas se alguma forma sem ter uma escolha principal que conecta tudo, me pego mentindo neste instante, por que no rodapé deste Blog está la o que conecta tudo, viver em colaboração, escolhi isso mas não coloquei foco nesta perspectiva.
Acho que ficou confuso. Será? Digamos que o meu norteador, ou propósito era e ainda é, viver em colaboração amando-me. É um ponto de checagem, um guia. Não me sinto assim neste momento, mas foi a escolha que fiz. Talvez exista outra escolha mais profunda que esta que conecte o mundo A (da engenharia) e o mundo B (da colaboração) e que de alguma forma colabore pro meu foco, e também pro foco que se direciona a mim.
Portanto existe ainda uma escolha, que, por enquanto, decidi não escolher. Escolhi incluir estes dois mundos juntos, mesmo que eu tenha que fazer uma força enorme, pra usar roupas diferentes nos dois mundos, vocabulários diferentes, posturas diferentes, rostos e talvez mascaras diferentes, que carregam muito de mim, mas se ajustam a ambos os mundos sem me definir em um deles.
Não quero escolher, quero continuar sendo eu mesmo, me adaptando ao que conecta mais em ambos os mundos. Talvez este me adaptar seja a escolha que faço, talvez seja ela que me define, ou talvez não. Escolho mais uma vez não me definir em um lugar único, pra permitir que todos os lugares sejam possíveis. Mesmo que o preço pra isso seja a falta de foco, ou falta de definição sobre mim mesmo.
Me sinto confuso, e escrevo dessa forma talvez para mostrar pra mim mesmo que não escolher se mostra mais confuso, mais complexo, mais difícil e que a consequência é que ao não ter foco, tudo é possível, e não existem limites, inclusive no cuidado comigo. Não escolher também é não colaborar, por que dificulta para que o outro me ajude e colabore junto comigo.
Como comunicar a clareza de quem sou?
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