Confesso que o tempo de respiro antes de começar a escrever foi grande.
Fiquei imaginando eu menino, numa trilha, comendo um pão, e deixando rastros pela terra, que viraram adubo para alguma coisa que não sei o que é, e improvável que eu descubra ou aprenda.
Depois dessa imagem fiquei me imaginando voltando a trilha, juntando todas as migalhas, capturando todos seus destinos, profundidades e realizações. Me senti cansado já nos primeiros passos por perceber quantidade enorme de migalhas.
Por último, comecei a me imaginar percorrendo essa trilha gigantesca, buscando grifar todos os pontos que fui bem, todos aqueles que fui mal, e todos aqueles em que perdi ou deixei algo escapar, sem perceber.
Esse vai e vem da mente ao passado pode… cansar, paralisar, imobilizar e talvez comprometer tudo ao atrapalhar.
Fico me observando e tentando identificar, quais migalhas eu documentei, qual a forma que documentei que permite que elas falem por si próprias, tomem viva e me procurem em alguma nova intersecção no futuro.
Quais migalhas? Que escolhemos deixar pelo caminho? Quais as que não escolhemos? Qual o volume?
Por fim, utilizando do ponto alto da pergunta ou a solução do como.
“Através das nossas histórias”.
Me debato em duas percepções, migalhas podem parecer restos, ou adubos. Poderia utilizar sementes, mas seria muita pretensão achar que minhas histórias podem iniciar algo, mais simples que elas sirvam de calor, energia, abrigo para outras histórias surgirem.
Histórias deixam trilhas, formatos, caminhos, atalhos, ferramentas e principalmente inspirações.
Como tem inspirado através das tuas histórias?
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