Uma foto.
Uma mensagem.
Um filme.
Uma lembrança.
Uma ou infinitas histórias.
As relações acontecem no agora, mas deixam rastros pela eternidade.
Uma briga ou palavra mal dita, uma mensagem bem ou mal interpretada.
Uma ajuda inesperada, uma mensagem de paz, uma frase inesquecível, um momento único inesquecível.
A vida passa, as relações passam, tudo passa.
E o que se vive? Se não as relações...comigo e com o outro.
O que fiz comigo enquanto estava com o outro?
O que fiz com o outro enquanto estava comigo?
O outro o filho/filha, o outro o pai/mãe, o outro irmã/irmão.
O outro amigo/adversário. O outro próximo/distante.
Mesmo que eu documente, grave, escreva, fotografe, diga, elogie ou pessa perdão. Ainda assim cabe uma perspectiva qualquer, desapegada em qualquer contexto numa memória ainda não visitada que pode ser observada.
Quais as perspectivas então? Todas possiveis, polarizadas ou não, boas ou mas, certas ou erradas. Todas.
Sim e? Sim e dai? Sim e então. Sim e agora?
Me preocupar com documentar a relação? Para que? Lembrar? Para que?
É bom pra mim? Será? Minha história, conjunto de vivencias, reflexos de uma relação sobre a outra, de um aprendizado aqui num contexto explorado em outro lugar. É bom ?
Será que são migalhas ou sementes?
Se forem migalhar perdidas pra eu voltar ao mesmo caminho e não sair do trilho, quem sabe?
Ou são sementes pelo caminho que serão percorridas por outros?
O eu bélico inadequado, o eu violento incompreendido, o eu doce e inocente, ou o eu confiante e ingenuo. Qual deles plantou a melhor semente. Qual deles documentou a melhor memória, pela dor ou pelo amor?
Poucos paragrafos e infinitas perspectivas das relações comigo mesmo, quão exponencial isso se torna na relação com o outro?
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