Já escrevi algumas vezes sobre expectar, esperar, prever ou determinar a possibilidade desejável de algo que ainda não aconteceu. Quando espero, espero pensando, desenhando cenários, eliminando ou criando alternativas, listando escolhas e acontecimentos prováveis em sequencia.
É louco sim, este esperar está me consumindo, e confesso que não tenho uma expectativa clara. Tenho sim um desejo de que tudo se acerte e eu consiga criar um jogo ganha-ganha, uma negociação satisfatória pra mim e para quem irá me contratar.
Estranho eu falar de contratar, pois sim, isso já é um sinal de um modelo que não me serve mais, porém ainda é padrão no mercado. Escrevi que contratar, é algo como contra atar, ou contra t ação. Separo as letras, por que uma palavra que começa com contra, mesmo que o sentido seja outro, me remete que existe algo entre, uma separação, um tratado, que separa as perspectivas de ambos para se defenderem em um cenário de desconfiança.
Não quero fugir da expectativa, mas celebramos contratos, para alinhar as expectativas e nos sentirmos confortáveis em confiança para darmos o próximo passo. Sinto então que as expectativas são normas convencionais, ou padrões aceitados pela sociedade, para compor alternativa que tornem seguras e confiáveis as relações. Ou seja, se não existisse a desconfiança, não existiriam necessidades de contratação, e tampouco se desenhariam expectativas invisíveis, já que tudo seria confiável.
Não me perco na utopia de achar que a confiança pode permear pelo todo e sempre. Mas reflito que a desconfiança é que trava o processo, faz com que eu espere, a mesma desconfiança faz com que eu construa e descontrua expectativas em sopros de tempo.
Não consigo saber os níveis, eles são proporcionais ao tamanho da desconfiança. Se confio a expectativa é alta, se desconfio a expectativa é baixa. Assim como todo 0 ou 1, é baixa ou alta, dificilmente tem a expectativa média, vou mais fundo integrando os tempos de que só existem 2 expectativas, a atendida e a não atendida.
Para que a expectativa?
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