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Qual a percepção do tempo do outro? (17/dez)

  • Foto do escritor: Rafael Urquhart
    Rafael Urquhart
  • 18 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

Quando acho que alguém devia ter feito algo, em um tempo que eu faria, entro em mais de uma armadilha no mesmo instante. Primeiro julgo, depois me comparo, e no final me culpo, por não ter feito, ou por não ter sido exitosamente claro na orientação.

Não sei se é só comigo, mas a narrativa anterior me frustra, e é carregada de culpa, se externaliso, entrego culpa ao outro também em tom de crítica. E ai me pergunto como pensar no tempo do outro desassociado a percepção do tempo comigo mesmo, como?

A minha percepção do tempo do outro neste instante estabelece, que ou eu sou mais rápido, ou sou mais lento, e que a probabilidade de fazermos no mesmo tempo é absurdamente impossível, já que se igualarmos os milésimos, podemos ainda descer mais fundo no tempo, reduzindo ainda em menor tempo desigual, oi? o Rafa pirou?

Não, pode parecer louco, mas só posso perceber no outro o que percebo em mim, e com relação ao tempo isso fica ainda mais visível, só posso perceber o tempo comparando-o a outro tempo. O tempo dos segundos e a divisão universal do tempo, foi percebida e medida por alguém. A partir dai temos o standard tempo, uma base para compararmos todo o resto. Tudo é sobreposto sobre este tempo, a velocidade do carro, o tempo de uma reunião, e até mesmo os 9 meses (médios) para alguém nascer.

Muitos nascem antes, são chamados de prematuros? Ok, pré-maduros. Outros nascem alguns dias depois. E até para nascer não temos um tempo exato.

Um ovo cozido não tem o mesmo tempo, ja que um ovo pode ser maior que o outro. E assim posso estender o grau de comparações do tempo do outro, me limitando a entender que só percebo o tempo no outro por que percebo em mim mesmo. Se não percebo em mim, busco uma referência na existência (até agora o relógio), para poder assim perceber o tempo do outro. Eu não corro formula 1, mas percebo o tempo de um piloto.

Transcrevo talvez numa viajem mais longa de pensamento, que tenho que aceitar o tempo do outro, compartilhar ferramentas que aprendi para ganhar tempo, economizar tempo, e viver mais rápido, intensamente mais rápido a partir da minha perspectiva. Mas…preciso estar aberto para entender que o caminho mais curto não é o mais rápido.

Fico com essa mensagem da vela, que nem sempre o caminho mais curto tem o melhor vento e se torna o mais rápido. E trago ainda o olhar, mais rápido pra quem?

Ja que se me baseio nos meus números anteriores e tenha melhorado posso estar mais rápido, mas aos olhos de outro navegador mais experiente, ainda posso parecer lento.

Para quê, lutamos com as referências?

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