Falei pouco de ontem pra hoje, muito pouco pra fora, e ao mesmo tempo em silêncio, falei muito tempo pra dentro. Foi um dia mais cinza, onde evitei tudo a minha volta. O Silêncio de fora, confrontava o barulhão que estava dentro. A coerência é utópica se considerarmos todos os contextos. A hipocrisia é um dos piores apontamentos sobre nós mesmos, e recebê-lo remete a um julgamento do outro de que somos mais do o simples humano que somos.
Refletir internamente é bom, mas em demasia quando o mundo lá fora não está refletindo, talvez seja perigoso.
Venho caminhando por quase 10 meses de muita reflexão, mergulhei fundo a partir de outubro, e não parei mais, refletindo, observando, fazendo e refletindo mais e mais sobre mim mesmo. Quanto mais fundo, maior a cobrança de mim sobre mim mesmo. Com gritos internos berrantes que não correspondem ao silêncio que tento gerar do lado de fora.
Os momentos de silêncio interno e externo são poucos, pela não responsabilidade com o autocuidado, eliminei e deixei de lado os espaços pra meditar, e sem me dar conta isso criou um barulho enorme interno difícil de entrar em compasso com o que acontece do lado de fora.
São percepções, de quem hoje por alguns momentos se sentiu que podia estar louco, e por outros momentos percebeu que fez as escolhas para se expor a este desafio de refletir sobre si mesmo constantemente. A ressaca da raiva, o perdão interno e separação das perspectivas dos envolvidos no conflito, permite olhar de outro ângulo, em que talvez seja possível compassar ambos os silêncios e vozes, consigo e com os demais.
Ainda é cedo, dizem que algumas brigas precisam de tempo para acalmar, principalmente quando qualquer palavra dita, não consegue substituir o silêncio necessário que o momento pede.
Qual a pergunta mais importante pra você?
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