Trabalhar em muitas frentes exige coragem, organização e foco.
Me tem sido complicado trabalhar em muitas iniciativas nesse momento, a transição entre elas tem sido abalada frequentemente por preguiça e difusão. Me explico, no intuito de estar conectado, disponível e acessível aos que me cercam, inconsciente ou coscientemente comecei a abraçar coisas demais. Não por que não de conta, mas fui abrindo conversas e não encerrando, deixando oportunidades em aberto por varias cantos, e nesse caminhar de abrir em grande quantidade deixei de fechar.
Quando me percebi, estava envolvido em mais de 30 projetos, em mais de 50 ideiais, e com mais de 25 grupos de trabalho ligados a algum fim. Muitos destes grupos ou trabalhos, se encerraram, mas deixaram vontades de se repetir e acontecer mais, e por fim se mantiveram abertos.
De alguma forma essa nuvem de ações no meu entorno me bloqueou, não consegui efetivamente concluir as minhas, e tampouco a dos outros. Comecei a falhar, a não estar presente, a não me sentir efetivo e por fim resultando em uma crise existencial severa que me fez refletir.
Preciso começar e terminar, e não só terminar, mas costurar o fim de ciclos de uma forma bem cuidada, deixando claro as minhas escolhas, e separando o que é meu do que não é meu, ou das dores que são minhas e das dores que não são minhas.
Neste domingo, pela primeira vez escolhi fechar um ciclo de time de Art of Hosting, na sequencia, no mesmo dia e dia seguinte do fim do evento. Foi uma escolha minha, particular, mas que proposta de coração junto ao time, foi aceita.
Cada um escolheu aceitar, e portanto como time escolhemos fechar o ciclo. É incrível como isso é desconfortável e ao mesmo tempo mágico. O encerrar me permitiu sair leve, apreciando todos os aprendizados e feedbacks, encerrar bem, me deu energia para investir em outro espaço em outra direção.
Sim o encerrar causou desconfortos, temos a necessidade de continuar juntos, de continuar apreciando de tentar colher mais resultados ainda dos que já emergiram. É como se depois de espremer a laranja, ainda quisessem colocar mais força para sair um suquinho a mais. Só que, esse suquinho a mais é desproporcional ao esforço. (Não me leiam mal, só usei a metáfora, acho que sim devemos aproveitar toda a laranja e o que sobra dela).
Encerrar ciclos, e reconhecer o positivo deles, avaliando o negativo e se abastecendo de repertório pra novas escolhas é espetacular. A potência esta em estar reabastecido, leve, com a cabeça plena, sem listas de tenho quês ligadas ao passado, e sim listas de escolho fazer mais em direção do futuro.
Reiniciar ou pausar e tocar o play?
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