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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Qual o limite da sua aceitação de si mesmo?

Que comecem os jogos… de pensamentos e possibilidades.

Não uma, duas ou mais vezes durante o dia meus pensamentos se cruzam avaliando o que esta acontecendo com uma pergunta latente e persistente, o que fazer? Fazer ou não fazer? Reagir?

Por traz dela está o meu conceito interno de aceitação.

Cada um tem o seu, por mais que eu fale do meu, quem agora me lê pode ter outras formas de se perceber e se aceitar.

De verdade no fundo no fundo, o pensamento que vem é de que eu não me aceito, não me sinto suficiente, duvido dos meus potências e colo um peso enorme na ação, de que tenho que fazer mais e mudar aquilo que não aceito, numa confusão natural entre aceitação e resignação.

Por algum motivo virou sinônimo. Resignar, para mim, está associado a baixar a cabeça, seguir e deixar assim com está, sem nenhum fato novo ou reação. Por muito tempo olhei para a aceitação dessa forma, quase que imerso em um personagem de vitima.

E se o que acontece é só o que acontece?

E se o jogo é sobre começar e acabar, inúmeras vezes até a prática de já não saber mais onde começa e onde acaba?

A primeira pergunta vem do Estoicismo, conheço muito pouco, e o pouco que sei agradeço as reflexões do Daniel Wildt. E se eu eliminar a culpa de ontem? Minimizar a preocupação do amanhã? Focar no agora?

Deu certo bom, deu errado, persiste ou ajusta.

Percebi que quanto mais aprendemos, mais jornadas começamos e terminamos, mais experimentos, mais, mais e mais, acabamos por já nem saber o para que estamos em algumas jornadas, já não sabemos onde começou e quando acaba. Algumas já acabaram e continuamos associados a ela sem perceber.

Escopo. Palavra tão comum em planejamentos de projetos, mas tão pouca associada ao nosso cotidiano. Qual o escopo que escolhemos aceitar. Digo sim para limite, para uma estrutura, não um sim pra tudo. Aceito os erros com um objetivo claro, uma intenção viva. Talvez este seja o limite do aceitar.

Aceito as consequências, novidades e surpresas até o limite que me responsabilizei em assumir riscos. E se caso eu perceba que ultrapassei esse limite, paro, respiro, tomo um tempo de ar e renegocio novamente o escopo e os limites de mim mesmo.

Qual o padrão de diferença entre os dias ruins e os dias bons?

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