Fiquei pensando alguns minutos pra recordar, hoje não escrevi no inicio do dia, deixei para o final. Não foi programado, mas olhando para a pergunta parece mais ajustado escrever ao final do dia sobre hoje, antes que as horas acabem até a meia noite..
Podia escolher o som dos pássaros da manhã, a percepção de uma árvore furada lindamente (sim entre as folhas um circulo bem definido para passarem fios), podia ser um pássaro de bico cheio chegando no ninho, uns feedbacks de um texto que escrevi, um delicioso prato, ou o prazer de concluir uma tarefa no trabalho, varias fatos simples importantes em uma rotina aberta a percepção. A pergunta foca no “O simples fato” e por mais simples, escolho um momento extraordinário com meu filho Benjamin.
A troca de olhar dele pra mim, ao dividir sua comida comigo foi simples, um olhar de opa, isso era meu, e em seguida a tranquilidade de perceber que tudo é divisível. Podia passar batido, podia ter ficado somente na memória, mas nestes segundos onde escrevo, torno esse fato simples ainda mais extraordinário na minha própria memória.
Não parece difícil, todos os dias temos momentos assim, mas talvez passem no vácuo da não percepção, na correria da rotina, no não desfrutar da jornada. Não, eu não fico percebendo fatos simples e extraordinários todos os dias, e hoje de manhã não sai de casa procurando. A percepção veio ao final, alguns minutos olhando pra pergunta, e simplesmente percebi que sim, que se eu procurasse encontraria algo de extraordinariamente simples no meu dia.
Acredito que todos podem, nos faltam talvez estímulos, perguntas, reflexões, ou o simples respirar em silêncio pra para perceber. Pode ser um exercício, quem sabe? Talvez amanhã eu perceba outros momentos tão simples que me permitam celebrar.
Para que melhorarmos os ambientes onde estamos inseridos?
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