Com diários, anotações e catarses, andei escrevendo algumas cartas para mim mesmo, como se fossem recados do Rafael de outros tempos ao Rafa de hoje, ou ao Rafa do amanhã…
É simples, facil, e no futuro reconfortante e compensador…
Reencontrei uma carta de 2016 esse final de semana, ela foi originalmente escrita em espanhol, para mim mesmo em Maio de 2016 no meio do meu Insight II… escolhi compartilhar, retirando novas percepções ao final.
“RAFAEL, és um gigante, solta a armadura, siga o sol, lembre do fogo. Olha o fogo que existe dentro de ti. Tua força, teu coração, suba ao mesmo monte, siga as montanhas, não precisas mais que te empurrem ou que te carreguem, podes sozinho, fique de pé.
Pinte a cara, ponha teu nariz de palhaço, divirta-se, vista-se de indio e dance, dance na volta do fogo, revisite tua familia, lembre de tua origem, da força de seus ancestrais, dos teus avós, lembre-se sempre do rosto das pessoas, de seus sorrisos, da força que cada um que passa pela tua vida te da.
Por aonde passas, recebes e não te das conta, são tantos circulo, tantas tribos, tanta musica, tanta energia, absorve o bom, preencha-te de luz, olhe pra cima, olhe alto, olhe a lua, o sol, olhe para o céu, lembra-te do mar, das ondas e de tantas janelas que abres. As caras e os corações, a energia, todo em ti transborda para um lugar sem parar.
Sinta o carinho dos demais, deixe-se receber, solta o ruim, não o absorvas e lembre-te sempre do palhaço que tens dentro de ti e que por vezes aparece. Quando ele te faltar, lembre-te de tua filha, de que possa passar a ela todo o bom que tens em ti. Lembra-te de como te sentes perto dela, si chegas a se sentir rígido, lembra-te dela, abra-se, solte-se, chore rios. Rios chorando podem te levar de volta a tua cabana, a teu santuário no monte, ao sol.
Lembre-te de teu fogo sempre, do sorriso das pessoas que te cercam, e deixe-se abraçar e receber a energia. Exerça o poder do teu forte índio e gigante.
Tens um coração gigante, te amo. Ass. Rafa”
É como se essa parte pudesse ser lida inúmeras vezes, por inúmeros anos. Foi o Rafa mais profundo e mais elevado que escreveu, ao mesmo tempo foi a sabedoria ancestral internalizada em mim que a escreveu.
Leio cada parágrafo, mais de 2 anos de pois, e vejo quando de sabedoria tem nessa carta que experimentei a posterior, vivi o palhaço a pleno, vivi o índio a pleno, me conectei a estes dois quando vivi os personagens sociocráticos. Tenho na minha filha essa fortaleza descrita na carta, sabendo que ao fraquejar, a força dela que esta em mim me põe de pé denovo.
Quando fiz a pergunta, foi para lembrar de tantas outras cartas esquecidas, guardadas em algum lugar, como também contar que talvez você que lê o texto, na data que for, pode experimentar mandar uma carta para sim mesmo, com motivação, energia, apoio, incentivo e toda positividade possível, ela pode se tornar uma ferramenta, e um braço de apoio no futuro para relembrares sempre quem és.
Como sentir os lugares que queres estar?
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