Eu mesmo seria a melhor das possibilidades.
Mas como não estou atendo, presente e perceptivo aos pequenos ‘regalos’ (presentes) que entrego à mim mesmo em pequenas porções durante o dia, talvez a primeira reação seja responder a pergunta com um olhar sobre a minha familia.
Ainda que meu consciente diga que quem mais recebe valor de mim seja a minha família, acredito que o ciclo se completa em mim, ver minha família bem é um presente para mim mesmo, é como se eu terceirizasse o meu bem estar passando pela minha família.
O que seriam esses pequenos atos?
Atos aqui me pega não em um lugar de atitude, mas numa metáfora ligada a uma apresentação teatral ou musical. Não sei a razão além do descanso dos artistas ou o tempo da apreciação. Na última semana estive no palco dos 5 sentidos em Curitiba. Foi curioso receber música em formato de arte presente, com pequenas doses espaçadas, com tempo para apreciar, falar sobre, guardar memórias e mesclar aos outros sentidos.
Espaçar os atos, no equilíbrio de tempo suficiente para sentir saudade e também agradecer ou apreciar. De que adiantaria pequenos atos não percebidos, ou no extremo posto de que adiantariam atos tão espaçados que fossem sempre uma surpresa depois de um esperar muito.
Olho para a pergunta focada no “Para quem?” e forço a reconhecer que no fundo no fundo, tudo o que fazemos serve ao nosso próprio bem estar evolutivo. Faço por que me faz bem, se faz bem ao outro me faz bem também.
Com essa reflexão fico consciente de reduzir minhas preocupações com o outro, quando o faço é por que na profunda intenção estou preocupado comigo. Se aplico uma sequência de “para que?” posso descobrir quase que sempre que estarei fazendo pequenos atos para entregar valor a mim mesmo, seja com a intenção de alegria, divertimento, aprendizado ou simples amor.
Para que julgar tudo como pequeno ou grande?
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