Quem não MÚ, dança?

Lembro duma plaquinha brincando com a palavra mudança.

Com uma vaquinha MÚgindo.

O mugir como resmungo, me remete a esse ranço, pré e pós mudança que me cutuca. É como se eu mesmo rançasse com os resmungos quando proponho algo novo em algum sistema.

Importante essa conexão com sistemas. Afinal estamos em mergulhados em um sistema natural, nosso corpo é um sistema, nossas relações são sistemas, sejam familiares, sociais, laborais, empresariais e naturais.

A dança por si só é um sistema, precisa de condução, de ambiente, de espaço, de tempo, de música, de coordenação, de prática, de ensaio, de troca, de narrativa e principalmente de improviso que emerge das habilidades de quem dança.

Humm, mas não sei dançar. Todo mundo sabe, mesmo que com as maos batendo numa mesa.

Ta Rafa, vamos lá, não foge da mudança, da tua mudança.

"Jamais seras quem tu não és." Né Marcio Libar.

A minha essência ta dentro, e precisa de espaço pra mudar o que esta fora. Olho para minhas dicas expirituais e a recomendação é resguardo, discrição, enquanto tenho esbravejado demais.

Ganhei o apelido de "raivinha" como mudar isso. Claro que é engraçado. Mas quais outras formas de mudar como somos percebidos, como abrir a verdade. Como ser vulnerável o suficiente para aceitar a mudança interna, e segurar os impetos do dia a dia?

Podia aqui tecer inumeras perguntas costuradas pelo como. Mas sinto que precisa ser mais simples, que ta na cara, que é natural. Hoje me vi numa foto sorrindo naturalmente, brincando, uma bolinha me conectou a isso, uma bolinha com significado imenso, conexão e que já passou por muitas mãos. Uma simples bolinha, um simples arremeço, compartilhar, pode mudar o jogo, se isso muda como conversamos que outras mudanças podemos proporcionar.

Tenho refletido de como seria se eu não tivesse mais whatsapp, como um detox mesmo, do tipo, colocar uma mensagem padrão de resposta, precisa muito falar comigo, me liga ou me manda um email, logo eu que detesto ligações. Migrar o que é de trabalho pro teams. Será? O meu canal de resposta esta muito curto e preciso de filtro, de documentação. Isso é possível. Como seria se alguém chegasse e me propusesse, ei, vamos encerrar o whatsapp. O que eu faria?

As vezes não paramos pra pensar a prisão que nos enfiamos com tantas coisas do uso comum e do convivio social "padrão". Por facilidade claro, por conveniencia mas também por que não questionamos e colocamos limites. Talvez sem o whatsapp eu fique alienado, talvez eu fique mais livre, não sei. O certo é que até mesmo a mudança de um canal de comunicação pode se tornar uma pequena grande mudança?

Qual a sua próxima pequena grande mudança?