Estou sendo consciente ao ser expontâneo ou ao ser percebido como espontâneo?
A espontaneidade me parece um movimento natural, não pensado, será que ele pode ser consciente?
Duvidas sobre isso, ao observar a simplicidade, os melhores movimentos e ações são aquelas que vem do hábito, da atitude refletida natural. Toda vez que preciso me conscientizar de algo antes de fazer, sinto que perco a espontaneidade, ela se vai, a naturalidade some e alguma artificialidade com expectativa especifica surge. É como se quando penso algo antes de falar é por que estou predizendo o resultado, ou agindo da forma A para chegar na forma B, isso não me parece espontâneo.
Essa duvida surgiu ao conversarmos na quarta feira, sobre “colaboração expontânea consciente”, escutei muito sobre esse termo e fiz uma série de praticas no movimento inicial da Simplify. tenho uma briga interna que me diz que a precipitação das coisas elimina a expontânea e individual percepção de valor. Quando falamos em colaboração, os valores percebidos são subjetivos. Todas as vezes que criei referencias, ou tentei torná-lo mais consciente (consciência na preocupação com o outro), os resultados não foram positivos.
Não que a colaboração expontânea, não seja positiva, ela é, abre o caminho pra que quem pode pagar mais pague, e quem pode pagar menos também pague e possa ofertar o seu reconhecimento a algo. A palavra consciente é que me traz pra um lugar de desconforto, escrevi muito sobre estar consciente, mas percebo nessa relação que as vezes é bom estar inconsciente, só que numa inconsciência trabalhada a outro padrão. Digamos que hoje depois de 5 anos experimentando processos colaborativos, meu inconsciente se expressa tanto numa forma positiva do novo, como também se expressa em algumas situações através do paradigma velho de luta e ganha x perde.
É como se quanto mais amplio minha consciência, mais alimento minha inconsciência com reações positivas e espontaneamente saudáveis. Quero ser mais expontâneo, desejo que essa espontaneidade se expanda a todos os níveis das minhas relações, e percebo que trabalhar meu consciente expande o meu inconsciente a outros níveis, a ponto de que se torne positivamente natural.
Incrível como essa maluquice de consciente e inconsciente cria uma divisão de mim mesmo, ambas positivas e de possibilidade de melhorias, mas no fundo no fundo sou sé eu. Minha espontaneidade é reflexo das histórias e experiencias que vivi, e sim acredito que ela fica mais perto da inconsciência do que da consciência.
Que o equilíbrio das emoções e das atitudes do coração ( que para mim são expontâneas e inconscientes) se misture e também se equilibre com as razões e racionalizações ( que vem puramente do consciente).
O que acontece quando me sinto não criativo?
Comments