Meu limite termina quando começa o do outro.
Ouvi essa sentença infinitas vezes através da voz do meu pai desde que me conheço por gente.
Existem os limites com o outro, mas quais são os meus limites quando sozinho estou?
Quando o tempo não dá? Quando o cansaço bate?
O paradoxo do tempo finito e conhecimento infinito me limitam. Ninguém controla o tempo, talvez administra bem ou melhor num formato frente ao outro, mas controlar mesmo nunca vi, o tempo é só o tempo.
Quanto mais conheço, mais sei o universo que desconheço, é incremental. Quanto mais busco saber, mais distante estou da sabedoria, qual o limite.
Limitar à quem? Limitar o que?
Todo limite gera uma restrição, qual é a minha restrição? Como estar atento as restrições criadas por mim mesmo, seja a fuga de um espaço tempo criativo, ou até mesmo o encarar de frente de uma prioridade nova necessária. O dia ainda tem só 24 horas, limite é sobre tempo, capacidade ou de fato é a borda do desequilíbrio?
Boa, acho que é por ai. Nessa busca permanente por equilíbrio em tudo, talvez o limite seja aquele limiar de desconforto onde percebo que não vou mais, que a partir dali qualquer movimento é ínfimo perto do desequilíbrio que ele gera. Acho que os limites estão ai, e para ampliá-los é diretamente necessário ampliar minha capacidade de equilibrar as coisas. Acho que é assim que os equilibristas passam de 3 bolinhas na mão para 10 pratos no ar. Tempo, prática e consciência dos limites do equilibrio.
Nesse limiar de desequilíbrio, onde encontrar a paz do limite perfeito?
Comments