Leve e ao mesmo tempo preocupado.
É estranho estar com poucos pensamentos, passado e futuro sempre estão rondando, amarrados aquilo que precisamos fazer no agora. É estranho esse vazio, não que eu consiga perceber o vazio em si ou ausência de pensamentos, mas sua redução já assusta.
Pensar sobre o vazio de pensamentos, cria o próprio pensamento em si. É como se parar para perceber isso outros pensamentos relacionados a essa reflexão se somam.
Penso logo existo. Existo logo penso.
O que fazer?
Acho que essa pergunta esta sempre presente, o que fazer depois? O que fazer agora?
Neste vazio escrevo, é neste lugar que meus pensamentos se esvaziam, deixo as percepções fluirem, sairem em palavras observando algo a partir de uma pergunta.
Bom lembrar que a pergunta é sobre como me sinto quando. Como me sinto quando... e sabe lá o que pode estar presente neste contexto.
O sentimento do vazio de pensamentos é bom, é sinal de que inexistem preocupações e tampouco culpas, ou simplesmente é um espaço tempo para se distanciar desses dois tempos nefastos e focar no aqui no agora, no barulho dos pássaros, no refletir do sol.
Fugir? Não sei se é isso? Paz, talvez. Mas o real sentimento é sentir a gratidão de poder estar, poder ser e poder perceber que esse exato momento de vazio existe e traz seus significados ou simples reflexões.
Se é a essência que surge nesse instante não sei, mas com certeza é uma contemplação do agora, do sentir o ar, do respirar e navegar no não saber e no não pensar.
E se o silêncio fosse tão poderoso quando o ruído?
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