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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Medo de quê? Isso é real ou imaginação? E se for possível materializar o contexto e se cercar de...

A angustia do medo. Aquele respiro curto que assusta, paralisa ou impede. Na grande parte das vezes não consigo nomear claramente que medo é esse, só sei que ele ta presente traduzido num sentimento de insegurança, de quase falha, de possível falta.


E se eu faltar? Quantos dependem de mim?


E se eu não conseguir, não levantar, não me sentir bem, não ter força? Qual o impacto da minha ausência? Medo de me fazer ausente? Talvez. Medo de não conseguir, provável? Medo de não poder parar? Sim.


Isso é real ou imaginação? Vida é movimento, por mais que eu pare, me afaste, tome um folego, ainda assim vou estar em movimento em alguma direção. Então, parar de fato só com a morte e essa já não provoco diretamente.


Então é a imaginação? Imaginação de que? Qual o contexto crio na minha mente? Quais as condições ou leituras sistemicas incluo em um cenário de dor?


Acho que é essa a explicação simples, quando me percebo triste, limitado, sem força, cansado e no limite da exaustão. Sei que guardo dentro de mim um mar de energia para fazer outras coisas, mas a carga pesada de energia ruim não deixa chegar essa energia boa. É como se precisasse esvaziar pra poder depois preencher. A velho história do desaprender para aprender. Desaprender a reclamar para aprender a agradecer.


Quem me le até aqui deve imaginar que está tudo péssimo, terrivel, catastrofico. Bem na verdade não. Externamente para os conceitos sociais disponiveis, tenho as contas em dia, todos com saude e assistencia, escolas e oportunidades de aprendizagem disponiveis para os filhos, uma boa casa pra se viver. Tudo indo, um trabalho digno com muita novidade e inovação. Olhando por fora poderia certamente dizer que esta tudo bem. Só que não é fora, não é externo, não é material, não é materia. É desconexão de si mesmo num grau de profunda dor de sentido. Crise? Certamente, com dia pra acabar? Espero que sim.


Reflito e escrevo pra checkar com o universo se isso é individual ou sistemico, ou melhor, só pra dar uma comparadinha de leve, tem mais gente ai se sentindo assim? Eu não to legal, ta pesado mesmo que eu me esforce pra tornar leve, exaustão, carga, não sei. Mas espero que passe logo e estou me movimento pra isso, tentando contar rindo daquilo que eu vivo chorando. Tentando trazer graça para o que me desconforta. Rir da beleza de poder sentir e falar.


Sentir e falar, quantos podem? Quantos fazem? Privilégio meu? Poder colocar pra fora, ter quem leia, escute ou me acuda? Quantos tem? Grato por ter construído esse espaço de fala e compartilhar, pode ser que toque alguém, pode ser que não toque ninguem, mas compartilho que me abrir, dizer o que to sentindo fez o medo aliviar o peso da minha imaginação. Contextualizar o momento me ajuda a aliviar o peso sobre mim mesmo, dar umas risadas, do tipo TOMA IDIOTA, pra mim mesmo, rindo daquilo que não poderia rir.


Onde buscar comprometimento e engajamento?

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