Quem vem primeiro? Existe relação ou proximidade? Em qual contexto?
O medo silencia. O silêncio amedronta.
Ausência de ruido. Paralisia, vazio ou tédio. Esse é o silêncio que dá medo, ou esse é o silêncio que resulta do medo.
Ninguém vê o medo, mas sente. Ninguém mede, mas existe. Aquilo que não se pode medir normalmente é negligenciado. Quanto de medo tem o silêncio do medo?
Pois é, parece bobo, mas é nesse vazio que reside o perigo, o verbo não dito, a dor não revelada e o velho e bom desconforto escondido. Todo mundo tem medo, do primeiro ao ultimo suspiro, é todo dia, a cada decisão um pingo de silêncio e uma dose de risco ao medo.
Se assim o é, e se consigo medir uma decisão por que não medir o medo? É risco que chama? Será mesmo que que o medo não vem antes do risco? E que o vácuo entre sentir e medir não se chama silêncio?
Como dar voz a esse medo que não silencia? Que medo é esse que grita?
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