Ou teimosia? Como diferenciar?
Existiu um tempo em que a lista de coisas à fazer era bem grande, acabar, encerrar, finalizar ou desapegar foi o recado ou a prática.
Continuar ou não? Por mais que seja relativo a por quanto tempo, se dá muito mais em buscar qual o gatilho, movimento ou possibilidade de escolha. Posso persistir em silêncio, deixar decantar, acalmar, até o momento certo. Posso manter o pulso mesmo que peno na cadência exata necessária para que a energia não morra. Posso ainda deixar para que o universo retorne e assim crie uma mistura futura que envolva aquilo que deixei pra traz.
Não são poucos os "passos" em infinitas possibilidades.
Mas por quanto tempo? Se não medir não existe? E será que medi algum tempo de fato?
Estabelecer limites? Será que e é sobre isso a reflexão. Pré determinar? Mas e se o meu desempenho, fôlego, paciência, ou capacidade de aceitar e me adaptar for maior que este limite, ainda fica aberto esse até quando.
Tentei definir e não consegui, são de fato tudo relações relativas em um tempo que não é medido. É nesse tempo não medido que emerge a resposta ou reflexão. No tempo que que segundos são horas, e horas parecem segundos. Na confusão da distração, do fluxo de uma coisa boa, dos pequenos presentes não percebidos, das grandes surpresas esquecidas.
Na descoberta, na bifurcação ou "multifurcação" da escolha, quanto maior a capacidade de presença, a perseverança no lugar da persistência ou teimosia. Na crença de que as opções vão estar sempre lá, mínimas e silenciosas para sentirmos o "até quando".
Se o fim ou inicio não são tão exatos de fato e vivem em um tempo não fato percebido, como lidar com a loucura da multifurcação de escolhas?
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