Tem compartilhado teus sonhos?
- Rafael Urquhart
- 21 de mai.
- 3 min de leitura
Confesso que tenho duvidas da resposta.
A primeira reação foi escrever que não.
Não tenho compartilhado na forma que eu gostaria, talvez por medo das reações.
Escrevi o primeiro "Não", a frase anterior, refleti e resolvi por em dúvida minha primeira resposta.
Muito por que não tenho compartilhado sonhos com meus filhos, dito claramente sobre o que sonho com eles, e acho que isso pode ser um sinal de atenção.
Muito por que em ambiente coorporativos, compartilhar o que se sonha pode soar pretencioso, descuidado ou infinitas outras interpretações que acendem dúvidas sobre qualquer objetivo em pauta.
Volto na dúvida, talvez na minha expectativa de sonhar abertamente, sem pudor, compartilhando o que acredito, definitivamente não, mas...pode ser que eu talvez esteja compartilhando sonhos sem perceber.
Sonhei um Art of Hosting Reencontro, ele esta por acontecer.
Sonhei morar em Florianópolis e compartilhei o sonho com familia e amigos.
Sonhei trabalhar com pessoas e não para alguém, ou pessoas para mim.
Sonhei ter/conceber a minha/nossa organização aberta.
Sonhei em poder trabalhar com pessoas incriveis num ambiente onde tudo é construção.
Sonho em poder receber pessoas num lugar máfico em florianópolis.
Esses sonhos recentes certamente chegaram a outras pessoas e foram compartilhados. Alguns deles sonhados em conjunto.
Mas e se viver sonhos, como se eles já estivessem presentes acontecendo fosse mais importante que compartilhar, ou o simples fato de acreditar, confiar, querer muito, fosse a forma natural e verdadeira de compartilhar sonhos?
Me pergunto sobre a forma, se eu contar, conversar, chamar pra uma conversa.
Ou simplesmente fazer o que vier a minha volta dessa forma?
Faço uma pausa novamente e refletir, tenho compartilhado?
Dentro do possível sim.
Tenho vivido com presença meus sonhos?
Não com a liberdade que eu gostaria.
Um tempo atraz escrevi uma lista de coisas que queria ter, fazer ou ser? Como uma lista de sonhos mesmo, e resgatei ela no exato instante dessa última pergunta, vou compartilhar ela despretenciosamente no movimento de simplesmente compartilhar, como uma forma, exemplo ou prática.
Essa lista surgiu 5 anos atrás, numa viajem de ônibus entre Curitiba e Florianópolis depois de ler o livro:
"Manual de Introdução a Vida"de John-Roger, DSS & Peter McWillians.
Sem suspense, compartilho um pouco dos meus sonhos, que ainda se mantem vivos e muitos deles em realização ou seja, estou vivendo eles no presente.
Quero ter uma casa confortável, pra receber amigos e que eu tenha tempo pra estar com eles.
Quero um vida segura para meus filhos, com experiências diversas para que eles possam aprender.
Quero tranquilidade financeira, para que eu possa decidir ou escolher onde vou empregar meu tempo para entregar mais valor.
Quero aprender a medir entrega de valor para ensinar a outros.
Quero ver mais colaboração no mundo, com mais confiança, menos intermediários. Quero estar vivendo essa comunidade de colaboração.
Quero discernimento pra estar bem comigo mesmo.
Quero sabedoria aplicada pra compartilhar com outros.
Quero realização profissional, me sentir bem, digno, entregando valor e recebendo valor.
Quero viajar pelo mundo, sem destino, simplesmente escolhendo o próximo passo, próximo voo.
Quero liberdade para conhecer mais pessoas, outras culturas, outras perspectivas e realidades.
Quero muito poder gastar meu tempo sem me preocupar com o custo dele.
Quero reconhecimento, pelas coisas que já fiz. Um bom autorreconhecimento já serve.
Quero liderar, empreender em times, ter um negócio que me divirta e permita eu me fazer feliz fazendo o que gosto. Por sinal gosto de estar com pessoas, conversando, inventando, ideando.
Quero mais paixão, tesão, êxtase nas coisas que faço e que amo.
Quero montar um negócio escalável pra mim onde eu possa atrair times, pessoas possam prosperar junto comigo e isso permita o uso das minhas melhores habilidades.
Quero continuar escrevendo.
Quero escrever um novo livro.
Fiquei pensando em aumentar a lista, mas acredito que se eu me tiver presente nela, sonhando ela constantemente, e praticando esse sonho, talvez eu compartilhe sonhos sem mesmo falar ou escrever.
Quando a raiva bate forte, como não pessoalizar?
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