Vivemos em uma sociedade dependente de heróis.
Quem irá nos salvar? Já diria o Chapolin Colorado.
Perdão pela brincadeira atemporal, mas é uma frase recorrente no dia a dia das organizações, dos negócios. Por melhores que sejam as estratégias estamos sempre na iminência de sermos salvos por uma ideia ou ação de alguém.
Com o tempo, vamos virando heróis, carregando nossos feitos, e esse ciclo de heroismo vai se retroalimentando para além do conhecimento efetivamente implicado.
Não que não sejamos heróis por fazer tanto com tão pouco. Só que esse arquétipo e as dependências e consequências que isso traz ficam invisíveis.
Diria que o que mais me assusta é a dependência, pois com o tempo cria-se o risco de ouvir duas possibilidades.
"Isso faz tempo que ninguém resolve, não tem solução."
"Ahhh, isso só o fulano sabe resolver."
Acredito numa transição, de heróis para servidores. De salvadores para cumpridores.
Onde confiança seja mais especial que heroísmo.
Confesso que não sei se é esse o equilíbrio entre influencia e heroismo, ou ainda uma saída para o reconhecimento natural através do tempo.
Como tem se reconhecido ultimamente?
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