Me culpo por ter medo?
Com frequência sim. Principalmente quando este medo me paralisa travando minhas ações e reduzindo meu ritmo. E é quando paro pelo medo que me culpo, as vezes me puno lastimando minha autoconfiança e impotência.
Tenho aprendido a aliviar, ontem relembrei alguns conceitos aprendidos com a querida Chriz Ganzo. “Sou um humano fazendo o melhor que posso com os recursos que tenho disponíveis.”
Estou dando o meu melhor, mesmo que meu consciente esteja me punindo dizendo que não. É um pouco maluco isso, mas se não fiz é por que me faltou autoconfiança e o medo me dominou, me faltaram recursos. Que bom que estou presente e percebendo esta trava, para me trabalhar, incrementar minha confiança, analisar e cuidar dos meus medos para que eu possa fazer diferente na próxima vez.
Não acredito que exista uma resposta única, mas essa perspectiva alivia minha culpa e de alguma forma permite que eu mude o que for necessário, ampliando meu repertório de recursos internos, para potencializar minha autoconfiança e assim reduzir os medos desnecessários.
Não podemos esquecer que medo também é bom, medo protege, medo as vezes cuida. Medo é um sinal de que algo precisa ser cuidado e que bom que sentimos medo. Vejo meu filho Benjamin nutrido de toda sua alegria desbravando paredes, degraus, tomadas e obstáculos, sem medo algum. Se colocando em risco a todo instante. Se não existíssemos nós pais, eu e a Su, é muito provavel que o Benjamin já tivesse extrapolado o seu risco. Ele está aos poucos se conhecendo e explorando seus medos que o mantem em segurança.
Portanto, é mais simples do que parece. Não da pra se culpar por ter medo o tempo todo, e mesmo que isso aconteça, ainda assim estaremos fazendo o nosso melhor com o medo disponível, tendo a oportunidade de percebe-lo e cuidar da sua causa para evoluirmos e fazermos melhor a próxima vez.
Qual a importância dos compromissos?
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