Poucas, escassas, e praticamente não sendo feitas…
Me dei conta hoje que ando celebrando pouco, talvez pelo contexto, ou pela desculpa de achar que as coisas não estão funcionando, e que não da tempo.
Estou em agosto, e acho que falar de retrospectiva é comum no final do ano, lá pelo 31, ai olhamos pro ano que tivemos. Normalmente é somente lá que me lembro o prazer que dá em olhar pra tudo que foi feito e extrair os melhores aprendizados.
Tive a oportunidade de olhar pra retrospectiva do PONTO CEGO (programa de desenvolvimento executado pelo Freddy Cusco e eu) hoje, olhamos juntos, através de 14 perspectivas o que aconteceu nestes últimos 80 dias, 2 meses e meio de programa de encontros, conversas, trocas, aberturas, aprendizados, evoluções e crescimentos de todos que participaram.
Ao ver uma linha do tempo surgir numa parede de 9 metros de comprimento, comecei a perceber o tamanho do caminho percorrido, claro que tiveram momentos marcantes, vários, mas quando olhei pela perspectiva de todos, vi que eram infinitos momentos marcantes, cada um visto de um ângulo diferente, mostrando tudo que havia acontecido, pra cada um, um peso e uma importância diferente.
Normalmente ficamos com a nossa história, com a minha história, com a minha perspectiva do que aconteceu, COMETEMOS FEEDBACKS a partir do que vimos, e mantemos de alguma forma a nossa perspectiva com alguns pontos somados de perspectivas de outros pelas trocas abertas que ocorrem. Ao RETROSPECTAR, ao olhar juntos pra tudo que aconteceu, cada um trazendo seus pontos altos, parece que história vivida se torna maior, se torna melhor, se torna mais rica, traz pontos positivos até mesmo dos negativos que ocorreram para nos ensinar.
Nunca da tempo, mas quando dá o resultado é extraordinário. Falamos da arte da pergunta, como ferramenta para nos trazer luz as perspectivas do que aconteceu, o RECONHECER o caminho percorrido, o realinhar, revisar, recomendar, re re re re re pra uma série de coisas através do recordar, permite gravar o positivo que aconteceu, transformando os pontos críticos em pontos de luz de aprendizado, todos os pontos duros como obstáculos que nos ensinaram a saltar e transpassar, e no coletivo, juntos, nos permite evoluir, individual e coletivamente pra lugares não alcançados.
Quem bom se todos os times, grupos, sistemas, organizações, pudessem com frequência dedicar tempo ao celebrar, a revisar o que aconteceu olhando para tudo que se aprendeu, a graça não está onde se chega, mas na forma que se percorre o caminho, isso permite que façamos percursos parecidos, atividades parecidas de formas diferentes, cada uma com sua unicidade de aprendizado.
Sobre minha retrospectiva comigo mesmo, com o que evolui talvez mostre que nem tudo é fracasso, que muito foi testado, que os passos foram dados em prol de algo maior ainda não percebido por mim, que o caminho está repleto de sementes e que sim muita coisa foi movimentada em muitas direções, e que na hora certa, no tempo certo os frutos vão vir a tona.
Quais perguntas te tocam quando experimentas reconhecer?
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