Os últimos dias tenho estado dedicado a receber uma visita ilustre aqui na minha casa, minha filha de 8 anos, a Caroline. Fico encantado com a energia, com o pique, com as habilidades pra fazer varias coisas ao mesmo tempo, a cada reencontro percebo o quanto tenho para aprender com ela.
Fico percebendo o quanto ela vive o presente, o momento atual, mesmo nessas épocas festivas carregadas de expectativas, presentes para serem abertos e momentos de euforia seguidos uns dos outros. Um simples parque, uma madeira para caminhar por cima, um pequeno desafio por mais que simples significa muito.
O que vamos fazer agora? E surge uma ideia, poucos minutos e o desafio já é outro, a brincadeira já tem que ser outra. Mais algum tempo e uma nova idéia, outro desafio, e toda energia concentrada nesse próximo passo. Assim como a intensidade de viver o novo a todo Instante é gigante, é também a perecibilidade das coisas, uma brincadeira as vezes perde a graça muito rápido, e precisa de um nível mais elevado ou de mais um desafio para continuar demandando atenção.
É uma constância de sempre estar em movimento pelo próximo passo, os momentos de contemplação são poucos, os de euforia e vitória muitos, me pergunto que outros caminhos são possíveis? Como sustentar a contemplação do presente por mais tempo? Como criar registros positivos de memórias de aprendizagem?
Muitas perguntas nessa arte de estar pai, de ser pai, mas também de ser aprendiz com uma geração mais veloz, mais instigada e mais curiosa. Percebo horas muito foco, hora pouco foco como nós adultos, mas também percebo uma habilidade ímpar de se desafiar e se manter em constante desafio para manter a energia no pico, carregada de motivação, alegria e divertimento sendo leve como uma criança deve ser.
Que leveza podemos trazer para nossos natais em familia?